Nem estado e nem mercado, voluntariado


Por Gilson Aguiar

Estamos diante de uma crise sem precedentes, alguns comparam as guerras. Mas mesmo nelas, quando a destruição é o relato mais comum, a construção e reconstrução são as nossas esperanças. Nos noticiários o foco está no número de casos de contaminados, internados e, infelizmente, nos que faleceram por causa do vírus. Contudo, existe uma legião de pessoas distribuindo a vida em forma de trabalho voluntário, doações, esforço e todas as ações de garantia de que a vida vai continuar.

Fala-se das ações coerentes ou incoerentes de governantes e empresários. Se elogia e critica o papel do poder público. Mas se há possibilidade de superação está nas mãos de quem acredita na reconstrução e olha para a frente rodeado pelo caos. Nós não vamos morrer aqui.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) quando o caos se instalou em várias cidades da

Europa, marcadas por destruição por causa de bombardeios e a fome, era difícil ter esperança. Porém, e além do que se via, escombros, algumas pessoas iniciaram a reconstrução. Varriam as ruas, recolhiam entulhos e corpos, confeccionavam roupas e alimentos com o que tinham, iniciavam o que seria a resposta mais segura diante da crise, acreditar na paz e no amanhã.

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