Júri de acusado de espancar jovem em Paiçandu será 4 de junho


Por Luciana Peña/CBN Maringá
image-55
Embora seja apelativo, essa foto mostra bem a crueldade do crime e ajuda a formar a opinião pública sobre o fato. | Michele de Souza Brito em março de 2020 Foto: Arquivo pessoal

É um luto renovado a cada dia, diz a mãe de Michele, Mari de Souza Brito.

Mari cuida dia e noite da filha, que vive em estado vegetativo desde setembro de 2019, quando foi espancada com chutes e socos na cabeça pelo então namorado.

Os dois estavam numa confraternização com amigos e o namorado Wheber de Oliveira Filho começou uma discussão por causa de mensagens no celular de Michele.

Ele está preso há mais de três anos e irá a júri popular por tentativa de feminicídio.

Esta semana seria realizado o júri, mas a sessão foi adiada a pedido da defesa do réu. A nova data é 4 de junho.

Enquanto isso, o sofrimento da família de Michele só se prolonga.

Sofrimento para a mãe de Michele, e para filha, que hoje tem 17 anos.

“É o velório todo dia porque minha filha está vegetando. Ela não reconhece a gente, não conversa e ela se alimenta por sonda, usa fralda. E as 24 horas eu cuido dela. A cada três horas eu tenho que estar cuidando. Eu vivo de doação. […] remédio dela é muito caro”, disse a mãe de Michele.

O advogado da família, Marcelo Jacomossi, diz que espera que não haja mais adiamento.

“A expectativa é que ocorra no dia 4 de junho, que é essa nova data que foi redesignada e com certeza nós vamos buscar justiça, porque a situação é uma situação delicada, é muito complicada e até lá […] nós vamos juntar aos autos ainda alguns documentos para justamente no dia da sessão de julgamento usarmos ali para apresentar para o Conselho de Sentença”, afirmou o advogado da família de Michele.

A CBN não conseguiu contato com a defesa do réu.

A mãe de Michele aceita doações de fraldas para a filha. O telefone de contato para quem quiser ajudar é o (44) 9714-6577. 

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

Sair da versão mobile