Prefeituras registram queixas contra fabricantes de lâmpadas


Por Luciana Peña/CBN Maringá

Prefeituras do Paraná registraram queixas em delegacias contra fabricantes de lâmpadas fluorescentes. Os municípios compram os produtos, mas não podem gastar dinheiro público para descartar as lâmpadas usadas. Afinal, é um material poluente que deve ter um tratamento diferenciado. É aí que entra a logística reversa. O fabricante é obrigado a dar um destino correto ao produto que colocou no mercado.

O problema é que a logística reversa nem sempre funciona. No caso das lâmpadas, as prefeituras do Paraná já têm estocadas 3 milhões e 200 mil unidades, mas os fabricantes ainda não programaram o recolhimento. Pelo menos 50 prefeituras já registraram boletins de ocorrência em delegacias contra os fabricantes, diz Laerte Dudas, coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Paraná.

O Governo do Estado criou o R20, um grupo consultivo que dá assessoria aos gestores públicos na destinação de resíduos sólidos. Em relação a pneus comprados por prefeituras, a solução está a caminho.

“Se o governo não faz a parte dele de chamar a responsabilidade, os fabricantes, os importadores, na verdade o município acaba pagando essa conta, e fica muito difícil para o município, entre todas as atribuições que ele tem, [ainda] dar a destinação final. Embalagens cartonadas, pneus, nós conseguimos junto com o R20 que o fabricante assuma a responsabilidade nos 399 municípios do estado”, afirma Dudas. 

A reportagem da CBN Maringá entrou em contato com a Reciclus, que organiza a coleta de lâmpadas para os fabricantes e as importadoras, e aguarda retorno.

Sair da versão mobile