Audiências de custódia soltaram mais de 300 presos este ano em Maringá


Por Carina Bernardino/CBN Maringá

Audiências de custódia soltaram mais de 300 presos este ano em Maringá. Número equivale a 43% das prisões em flagrante feitas pela Polícia Militar (PM) no primeiro semestre de 2019. O Conselho de Segurança de Maringá (Conseg) defende que vítimas de crimes também sejam ouvidas nas audiências, assim como ocorre com os detentos.

Maringá foi a quarta cidade do Paraná a implantar o projeto Audiência de Custódia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que garante a apresentação do preso a um Juiz em até 24 horas em casos de flagrante. A implantação ocorreu em 17 de novembro de 2015. As audiências ocorrem três vezes por semana, nas segundas, quartas e sextas-feiras.

A Polícia Civil faz a escolta do preso até o Fórum. Já o acompanhamento e retorno do preso à 9ª Subdivisão Policial (SDP) são feitos pela Polícia Militar. Outra atuação da PM é nas prisões em flagrante. Neste ano foram 731, porém, apenas 422 suspeitos ficaram detidos. Ou seja, 43% dos presos foram soltos nas audiências de custódia. O tenente João Marcos Dutra reforça o trabalho realizado pelos PMs.

Ouça a reportagem na CBN Maringá.

Para o presidente do Conseg, Antônio Tadeu Rodrigues, o número de presos em flagrante soltos aumenta a criminalidade na cidade, além de provocar a sensação de impunidade entre os envolvidos no processo, como policiais e vítimas. Ele defende que vítimas de crimes também sejam ouvidas nas audiências, assim como ocorre com os detentos.

A CBN solicitou dados ao Departamento Penitenciário do Paraná sobre o sistema prisional maringaense nessa quinta-feira (4), mas não obteve resposta até a tarde desta sexta-feira (5). O objetivo era saber a lotação das três unidades penais: Penitenciária Estadual, Casa de Custódia e Colônia Penal Industrial. A reportagem também não recebeu relatório da quantidade atual de presos na cela provisória da 9º SDP.

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