Familiares pedem que os Direitos Humanos monitorem rebelião


Por Monique Manganaro, com informações de Luciana Peña

“Tem muitos policiais entrando com fuzil e nós estamos com medo de acontecer alguma coisa com a nossa família”, diz a mulher de um dos detentos.

Depois de mais de 24 horas de rebelião, a falta de informações sobre o que acontece dentro da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) preocupa as famílias dos detentos. O motim começou por volta das 9h30 desta quinta-feira (4), quando um agente penitenciário e dois detentos do seguro foram rendidos por presos da galeria 7.

No começo da manhã desta sexta-feira (5), alguns familiares pediam que representantes dos órgãos de proteção aos direitos humanos acompanhassem a situação. “Tem muitos policiais entrando com fuzil e nós estamos com medo de acontecer alguma coisa com a nossa família”, afirma a mulher de um dos detentos da PEM, que preferiu não se identificar. Segundo ela, as famílias que acompanham a situação em frente à penitenciária ouviram gritos vindos de dentro do complexo hoje pela manhã. A mulher está no local desde às 11h desta quinta.

Luiz Carlos Vieira é pai de um dos detentos da galeria 7, onde começou a rebelião, e se diz preocupado com a situação por causa da falta de informações. “Eu queria saber alguma coisa, como ele está. Dizem que tem dois reféns e eu queria saber quem são”, comenta Vieira.

De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Maringá, ao menos dois advogados já estão dentro da penitenciária acompanhando a rebelião. O Portal GMC Online ainda não obteve retorno desses profissionais.

O Ministério Público também acompanha o caso, mas a promotoria responsável preferiu não dar entrevistas.

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