Julgamento dos acusados é emblemático para os auditores fiscais


Por Luciana Peña/CBN Maringá

Na próxima terça-feira (20), a família de José Antônio Sevilha, auditor fiscal assassinado em 2005 em Maringá, poderá finalmente ter uma resposta da Justiça. Após quase 15 anos, irão a julgamento três acusados do crime. Entre eles o mandante, um empresário, que teria se incomodado com o trabalho do auditor que era chefe da Seção de Controle Aduaneiro da Receita Federal em Maringá. A investigação chegou a ser encerrada em 2007, mas foi retomada por insistência do advogado contratado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), que nestes anos todos deu assistência jurídica à família de Sevilha, segundo o 2º vice-presidente do Sindifisco Nacional, Jesus Luiz Brandão.

O julgamento é um momento emblemático para a categoria porque ilustra os riscos que a que estão expostos os auditores fiscais, uma das profissões mais perigosas.

“Todos os anos são assassinados muito mais auditores fiscais do que delegados de Polícia Federal. Toda hora está falecendo um colega nosso, motivado pelo trabalho dele que está incomodando alguém. Sem nenhuma dúvida, o assassinado de um auditor fiscal em represália ao trabalho dele é um caso emblemático e o nosso sindicato adotou isso como paradigma”, afirma Brandão. 

O julgamento dos acusados pela morte de Sevilha será a partir das 8h30 no Tribunal do Júri da Justiça Federal de Maringá.

Sair da versão mobile