Riscos do hábito


Por Gilson Aguiar

A tal da segurança de fazer algo constantemente pode nos custar caro. Ou marcar a vida das pessoas a nossa volta. Há gravidade em errar? Depende do erro e dos envolvidos. Em Maringá, uma pintura da palavra que deveria ser “PARE” se transformou em “PAER”. Quem pintou errou.

O erro, possivelmente não foi intencional. Errou por estar distraído e fazendo algo de sempre. O hábito o condenou. Nós temos este vício seguro de fazermos todos os dias a mesma coisa com a certeza de que não se erra o que se faz sempre. Começamos a distração e o descaso com os atos diários.

É no automático que as coisas acontecem. É na resposta constante, sempre com o mesmo ritual, que ao fazer uma coisa atrás da outra, não há com o que se preocupar. Tudo sairá como sempre, o mesmo. Porém, tem a distração do exagero da “zona de conforto”. A despreocupação com o que está sendo feito. Se algo sai do lugar, bem naqueles momentos de falta de percepção, descuido, pronto, nós estamos condenados.

Logo, errar é algo humano e manter-se em uma zona de conforto aumenta as chances do errar. Se estamos atentos e percebemos que nada pode ser como ontem, alertas erramos menos. Se buscamos na vida inovar, fazer algo de forma diferente, ou um dia deixar de fazer o que se faz, sair do automático nos faz mais eficiente.

Saia do hábito, do costumeiro, do automático. Descubra que a repetição sem lógica e percepção é a condenação de nossa vida e a fonte de muitos “erros”. Por isso “PARE” para pensar antes que você escreva “PAER” no chão.

 

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