Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

27 de abril de 2024

Mobilidade e individualismo


Por Gilson Aguiar Publicado 12/02/2019 às 11h05 Atualizado 20/02/2023 às 00h31
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Não há forma melhor de se conhecer um ser humano do que nos seus gestos diários. Esperamos sempre que a fala elaborada, os conceitos expressos nos ambientes sociais, a ética e postura do bom comportamento impere. Não, o que impera são os atos diários. Os hábitos costumeiros que são os elementos de nossa identificação.

As pessoas são o que as relações que elas estabelecem diariamente denunciam. O ser é o comportamento constante. As reações contínuas diante de situações diárias e específicas. O trânsito é um ambiente que fala muito das pessoas. Aqueles que diariamente estão em movimento na cidade.

A violência que se assiste no ambiente de mobilidade é uma expressão do caráter social. Cada um na busca de chegar onde quer e, para isso, tendo que se relacionar de forma forçada com o outro. Não se é educado para entender que o deslocamento está entrelaçado com os dos demais, cada um com seus meios e todos dividindo espaços e possibilidades.

Há uma questão física que complica ainda mais esta dificuldade dos interesses individuais entre o sair e chegar, o número de carros, motos, bicicletas e pedestres aumentam. As vias públicas não crescem ou se adéquam da mesma forma. Logo, a quantidade de corpos em um espaço limitado tende a gerar atrito.

Nesta sociedade, a particularidade, o desejo de se realizar e ter o que se quer, colabora para a neurose de quem na condução de um veículo tem um limite baixo de tolerância. Irritamos-nos com o outro. Não estamos preparados para abrir concessões. Porém, se isso não acontece, não haverá civilidade na mobilidade urbana.

Temos que ter claro que o trânsito, o ambiente de deslocamento, é uma condição de todos. Os interesses particulares não podem ser o determinante do estímulo à condução das pessoas. Respeitar o outro é fundamental. Aprender a vida, preservar as pessoas para ser preservado.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Caso de jovem morto após deixar sauna gay em SP é investigado pela Polícia Civil


Um homem de 23 anos morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Paulo após ser resgatado, sem…


Um homem de 23 anos morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Paulo após ser resgatado, sem…