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26 de abril de 2024

Redes sociais não podem te pegar


Por Gilson Aguiar Publicado 12/09/2019 às 10h42 Atualizado 24/02/2023 às 05h10
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Vivemos o mundo da felicidade industrializada. Há uma propagação da lógica publicitária da estética e da felicidade permanente. Se compra a ideia de que nossa vida deve ter sensações constantes de prazer. O ser humano é real, mas a ilusão que se propaga em sua mente parece cegá-lo. O ambiente da fantasia o faz acreditar que existe mesmo um paraíso diante dos seus olhos e que a mudança deve ser em busca de assumir o padrão propagada no ambiente virtual.

Quando falo do ambiente ilusório, não falo apenas das redes sociais, também é bom lembrar da propaganda de margarina e a família perfeita e tradicional. Vendemos com os produtos a ideia da perfeição. Não existem relações harmoniosas e marcadas pelo entendimento pleno. Podemos em um mundo ambientado por produtos viver as contradições mais profundas e resolvê-las. É preciso ser mais humano e não humanizar as coisas industrializadas.

Conseguimos através dos meios de comunicação hoje chegar o mais próximo possível dos interesses humanos. Podemos dar as pessoas a sensação de que elas estão se relacionando com elementos particulares. A pessoalidade cresceu. O indivíduo se exaltou como em nenhum outro momento da história humana. Porém, a industrialização de bens, serviços e a comunicação de massa é algo real. Ela existe.

Logo, o que é realmente humano é a nossa vida. A condição que construímos a partir dos nossos interesses e com as pessoas com as quais nos relacionamos. Elas são a referência. Os seres com quem convivemos de forma concreta e não aquelas pessoas expostas nas redes sociais com suas imagens e frases construídas para gerar efeito e não denunciar a realidade. Por sinal, fugir do mundo real é regra.

Ao entendermos o quanto ser humano é não ser perfeito, reduzimos nossa ansiedade e aprendemos a conviver com quem somos com mais dignidade. Respeitar nos outros seus limites é assumir os nossos. Demonstrar que a busca de uma qualidade de vida não é a felicidade industrializada nas coisas, mas sim na relação de valor com as pessoas.

Logo, a felicidade ainda é artesanal, construída por pessoas, humana. Uma condição que se dá na vida do dia a dia, na relação com os outros de forma direta. Como uma escultura que necessita de talento e experiência, a vida necessita de seres humanos que a façam, imperfeita, para sempre ser a possibilidade de algo a ser superado e nunca acabado.

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