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09 de setembro de 2024

Laudo aponta que explosão na Cocamar foi causada por imprudência


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 24/03/2022 às 18h20 Atualizado 20/10/2022 às 16h36
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Foto: Reprodução/Samu Norte Novo/Operações Aéreas

A explosão na Cocamar ocorrida no dia 4 de março, em Maringá, foi causada por imprudência. É o que aponta um laudo da Polícia Científica, entregue à Polícia Civil para integrar o inquérito, que deve ser concluído no começo de abril. As condições de trabalho também serão apuradas.

Dois trabalhadores que estavam soldando um tanque foram lançados a longa distância. Eles tinham 32 e 36 anos e morreram no local. O tanque também foi parar bem longe. Dentro dele havia, segundo informações do dia do acidente, resíduos de biodiesel.

O inquérito policial deve ser concluído no começo de abril.

O laudo da Polícia Científica foi entregue à Polícia Civil. O delegado Osmir Neves, do 4º distrito policial, responsável pela investigação, diz que o laudo aponta que houve imprudência.

“Sim. Eu estou realmente presidindo as investigações que apuram a morte dos dois trabalhadores ali na obra da cooperativa. O laudo indicou que o evento que determinou a morte desses trabalhadores foi causado por imprudência dos mesmos na execução do trabalho paro o qual eles foram contratados. Relata as condições de trabalho, qual era o trabalho que estava sendo executado e que, em virtude das atividade desenvolvida por esses trabalhadores, houve a explosão que resultou na morte dos mesmos.”, disse.

Mas o laudo será apenas uma parte das informações anexadas ao inquérito. O delegado quer também saber quais eram as condições de trabalho dos operários. O Ministério do Trabalho deverá informar detalhes das vistorias realizadas.

“Mas esse laudo, apesar de fundamental para esclarecer o que de fato ocorreu e que determinou a morte dos trabalhadores, não é a única prova que será produzida no inquérito. Nós temos ainda uma questão associada a uma resposta de questionamento de um relatório que nós solicitamos à Gerencia Regional do Trabalho para apurar as condições de trabalho a que estavam expostos esses trabalhadores que foram a óbito e se foram observadas as condições de segurança. Isso é outra parte fundamental da investigação”, afirmou o delegado.

“Aí nos passamos à realização das oitivas da direção da Cocamar e do responsável da segurança do trabalho da cooperativa, no sentido de indicar a empresa que foi contratada e se foi observada, na contratação dessa empresa, que ela teria capacidade técnica para executar o trabalho que estava sendo contratado. Nós solicitamos um relatório da inspeção do Ministério do Trabalho”, completou.

De acordo com o delegado, o inquérito, a princípio, tem um prazo de 30 dias para se concluído. “Nós devemos dar maior celeridade possível. Claro que nós dependemos também de alguma informações de outros órgãos e que, por isso, deve se prolongar ainda por alguns dias, mas na semana que vem, nós já avançamos na oitiva das pessoa que nós acreditamos que sejam importantes para informar toda a circunstância do evento. No caso: a direção da cooperativa, o responsável pela área de segurança e também devemos avançar, na sequência, na realização da oitiva do responsável pela empresa contratada”, disse o delegado.

No dia do acidente, técnicos de segurança no trabalho da Cocamar informaram que os operários utilizavam os equipamentos de segurança necessários. Eles eram contratados de uma empresa terceirizada. A Cocamar lamentou as mortes e disse que estava prestando assistência às famílias.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá. 

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