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17 de julho de 2024

Plantas da segunda versão do projeto Ágora em 1991


Por Redação GMC Online Publicado 01/06/2022 às 21h30 Atualizado 20/10/2022 às 23h52
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Fotos: Acervo/Maringá Histórica

Plantas detalhadas da segunda versão do projeto Ágora, de Oscar Niemeyer, que foi apresentada em 1991.

Visando desobstruir o centro da cidade, o prefeito Silvio Barros (1973-1976) começou a discutir a possível retirada da linha férrea desse local. Na década seguinte, o prefeito Said Ferreira solicitou uma solução para esse problema ao escritório de Oscar Niemeyer que, em resposta, apresentou o projeto Ágora, em 1987 (o arquiteto foi contratado, inicialmente, em 1986). 

O projeto Ágora estabeleceu áreas para o trabalho, lazer, moradia, circulação e atividades cívicas. Um dos pontos que chamaram a atenção no desenho proposto foi a previsão de três superquadras com distribuição de funções para cada uma delas. Na quadra central estaria uma série de equipamentos públicos, como biblioteca, uma praça no local da estação ferroviária, com anfiteatro ao ar livre, espelhos d’água, rampas (área contemplativa), estacionamentos descobertos e um centro de convenções. Quanto à área residencial, havia preocupação com a qualidade de vida dos que ali residiriam. Ainda havia previsto, junto às três torres residenciais, a instalação de piscinas, quadras infantis, jardins, quadras de tênis e outros equipamentos comunitários.

Para levar adiante o projeto, Said Ferreira criou a Urbanização Maringá (Urbamar) por meio da Lei Municipal n.º 1.934/85, que teve como primeiro presidente o engenheiro civil Ricardo Barros. 

O Ágora sofreu modificações quando Ricardo Barros assumiu a prefeitura de Maringá, no final dos anos 1980. Tornou-se inviável, financeiramente, a execução do projeto de Niemeyer devido aos processos impetrados para o uso de propriedade e do solo, ao tempo em que a especulação imobiliária assumiu intenções de ocupação dessa área mais nobre da cidade. 

Durante o Urbe 6, grande evento de arquitetura e urbanismo realizado pelo Executivo em setembro de 1991, o prefeito Ricardo Barros apresentou a segunda versão do projeto. Oscar Niemeyer esteve presente e chegou a circular pela área onde seria implantada sua concepção arquitetônica. No bojo dos acontecimentos, a Lei Municipal nº 3.051, de 24 de dezembro de 1991, aprovou o projeto Ágora no Plano Diretor de Maringá. 

A terceira revisão no projeto, antes de sua efetiva implantação, se deu na volta de Said Ferreira ao comando da prefeitura de Maringá. Em 1993 houve amplo debate com empresários e lideranças para retificar a proposta. A Lei Complementar n.º 23/93 modificou não somente o arranjo inovador de Niemeyer, como até mesmo seu nome: deixou de ser Ágora e passou a ser “Novo Centro de Maringá”. Ao contrário das três superquadras, o local foi ocupado por prédios convencionais, contando com uma solução pragmática para a mobilidade urbana: o rebaixamento da linha ferroviária. 

Fontes: Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica / Acervo Urbamar / Contribuições de Veroni Friedrich e Jeanne C. Versari Ferreira.

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