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04 de maio de 2024

Mobilidade e individualismo


Por Gilson Aguiar Publicado 12/02/2019 às 11h05 Atualizado 20/02/2023 às 00h31
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Não há forma melhor de se conhecer um ser humano do que nos seus gestos diários. Esperamos sempre que a fala elaborada, os conceitos expressos nos ambientes sociais, a ética e postura do bom comportamento impere. Não, o que impera são os atos diários. Os hábitos costumeiros que são os elementos de nossa identificação.

As pessoas são o que as relações que elas estabelecem diariamente denunciam. O ser é o comportamento constante. As reações contínuas diante de situações diárias e específicas. O trânsito é um ambiente que fala muito das pessoas. Aqueles que diariamente estão em movimento na cidade.

A violência que se assiste no ambiente de mobilidade é uma expressão do caráter social. Cada um na busca de chegar onde quer e, para isso, tendo que se relacionar de forma forçada com o outro. Não se é educado para entender que o deslocamento está entrelaçado com os dos demais, cada um com seus meios e todos dividindo espaços e possibilidades.

Há uma questão física que complica ainda mais esta dificuldade dos interesses individuais entre o sair e chegar, o número de carros, motos, bicicletas e pedestres aumentam. As vias públicas não crescem ou se adéquam da mesma forma. Logo, a quantidade de corpos em um espaço limitado tende a gerar atrito.

Nesta sociedade, a particularidade, o desejo de se realizar e ter o que se quer, colabora para a neurose de quem na condução de um veículo tem um limite baixo de tolerância. Irritamos-nos com o outro. Não estamos preparados para abrir concessões. Porém, se isso não acontece, não haverá civilidade na mobilidade urbana.

Temos que ter claro que o trânsito, o ambiente de deslocamento, é uma condição de todos. Os interesses particulares não podem ser o determinante do estímulo à condução das pessoas. Respeitar o outro é fundamental. Aprender a vida, preservar as pessoas para ser preservado.

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