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29 de abril de 2024

Quem dorme pouco morre antes, aponta estudo


Por Redação Banda B, com assessoria Publicado 18/07/2019 às 19h29 Atualizado 23/02/2023 às 13h29
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Dormir pouco, muito aquém do necessário, se tornou motivo de orgulho para muitas pessoas, especialmente os dito workaholics. Não raro nos deparamos com conteúdo na internet feito por empresários, empreendedores e influencers para o mundo dos negócios, que comentam o fato de se sentirem menos produtivos ou engajados se dormirem as horas recomendadas para qualquer pessoa. A medicina atesta: não há nada de bom nisso e é hora de pararmos de admirar quem dorme pouco.

Dormir as sete ou oito horas recomendadas, já foi comprovado, ajuda a estender o tempo de vida, além de colaborar para uma velhice mais saudável. Mas esse benefício só acontece através da indução natural ao sono, uma vez que há estudos que relacionam o uso de remédios para dormir a um aumento do risco do câncer, infecções e mortalidade.

Pouco sono e saúde

Um estudo publicado no Journal of American College of Cardiology (JACC) revelou que indivíduos que dormem menos de seis horas por noite apresentam risco 27% maior de desenvolver aterosclerose – condição caracterizada pelo acúmulo de placa de gorduras e outras substâncias nocivas nas artérias. E, por consequência, estão mais sujeitos ao infarto e outras doenças cardiovasculares.

A pesquisa ainda revelou que pessoas que desfrutam de menos horas de sono por noite estão mais propensas a ingerir mais bebida alcoólica e cafeína. Apesar de muitos acreditarem que o álcool ajuda a dormir, as substâncias, na verdade, atrapalham os estágios essenciais do sono que garantem o descanso necessário para o organismo. E hábitos nocivos também estão diretamente ligados a um menor tempo de vida.

Colaboram ainda nesse quadro o fato de que dormir menos de sete horas por noite afeta o sistema imunológico e o desempenho cognitivo, podendo levar a doenças como Alzheimer, câncer, obesidade, diabetes e depressão.

Segundo Stella Márcia Azevedo Tavares, médica coordenadora da polissonografia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), os sintomas do sono insuficiente incluem cansaço persistente, irritação, falta de atenção e queda de rendimento. “Esses comportamentos, facilmente tachados de ‘preguiça’ podem, na realidade, ser resultado de distúrbios do sono”, diz ela. A presença desses sinais requer investigação médica.

Embora uma vida mais longa esteja associada ao tempo de sono, é importante destacar que esse sono deve ser de qualidade, ou seja, profundo. Quem sofre de apneia do sono, por exemplo, apesar de dormir, dorme mal. Como a apneia está ligada ao surgimento de doenças cardiovasculares, pacientes que apresentam esse quadro tendem a viver menos se não tratados. Enfim, dormir bem é um dos segredos para a longevidade.

Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine (AASM), publicado na revista científica Sleep, analisou problemas do sono em 2800 adultos com idades entre 60 e mais de 100 anos. Na conclusão, os problemas de saúde foram associados a uma pior qualidade de sono. Entre os avaliados, 46% dos participantes que tiveram a autoavaliação de saúde insatisfatória também relataram não dormir bem.

A ciência por trás

Uma pesquisa publicada em 2015 por médicos da Universidade de Nagoya, no Japão, analisou apenas os hábitos de sono do grupo participante e revelou que o risco de morte para quem dorme menos de sete horas diárias é quase duas vezes maior que o das pessoas cujo descanso varia entre sete e dez horas. Muitos fatores ajudam a explicar essa relação, tais como:

-Durante o sono se poupa energia e são repostos os estoques de proteínas e enzimas;
-A produção de hormônios essenciais para uma série de processos vitais acontece à noite;
-A falta de sono colabora para a redução das enzimas de metabolização de radicais livres, que colaboram para o envelhecimento e morte antecipados;
-A privação do sono compromete a ação das interleucinas, substâncias fundamentais na resposta imunológica, debilitando o sistema de defesa do corpo e favorecendo o surgimento de infecções;
-Risco de acidentes por noites em claro ou de pouco sono, comprometendo o estado de atenção e vigilância, em função da conexão atrapalhada entre neurônios.

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