Maringaense faz ‘vaquinha’ para lutar Mundial de kickboxing

Não é novidade para ninguém o fato de que o esporte de alto rendimento carece de incentivos em nossa região, assim como na maior parte do país. Apesar de sermos a nação mais bem sucedida da história do esporte, isto nem sempre se deve a fatores como investimento alto. Na grande maioria das modalidades, muitos atletas precisam correr atrás de renda por conta própria, para poder bancar viagens e participações em campeonatos. 

No mês passado, a sarandiense Natália Meneguelli se sagrou campeã mundial de kickboxing em Orlando, na Flórida, após vender pizzas para juntar o valor necessário para bancar a viagem e a estadia nos Estados Unidos. Agora, é a vez do maringaense Maycon “Rock” Silva promover a chamada “vaquinha” online com o mesmo fim. Ele também luta kickboxing e está classificado para disputar o Mundial organizado pela Associação Mundial de Organizações de Kickboxing (Wako, na sigla em inglês). A competição será realizada na capital da Bósnia, Sarajevo, entre os dias 19 e 27 de outubro.

Apesar da pouca fama devido à baixa divulgação do kickboxing no Brasil, o currículo de Maycon Silva é de dar inveja. Tetracampeão brasileiro, vice-campeão mundial em 2014 e hexacampeão paranaense, o lutador é conhecido por sua “mão pesada” – o vídeo do nocaute que abre a matéria que o diga. A luta do maringaense para participar do Mundial deste ano rendeu até uma publicação do prefeito Ulisses Maia em seu Twitter. Até agora, todavia, pouco menos de 4% da renda necessária foi arrecada por meio da “vaquinha”.

“Comecei no esporte por homenagem a um amigo que morreu de câncer com 17 anos de idade. Desde então, nunca mais parei. Estou em busca deste título mundial. Infelizmente, ainda não temos um campeão mundial masculino de kickboxing. Esse título é muito importante para a minha carreira”, afirma Maycon “Rock” Silva.

Ao tocar no assunto da campanha para arrecadar os fundos para viajar à Bósnia, Maycon protestou contra a falta de investimento do poder público no esporte, principalmente o kickboxing, que não é de elite.

“A gente sabe que é muito difícil para um atleta arcar com todas as despesas sozinho, ainda mais quando se trata de um campeonato fora do país. O nosso governo não incentiva muito o nosso esportes. As coisas ainda estão muito difíceis, até mesmo para conseguir patrocínios”, lamentou. 

“Mesmo com estes problemas, ainda acredito que vou conseguir arrecadas o dinheiro para poder chegar lá e trazer esse título para o Brasil”, completou.

Para ajudar na luta do maringaense Maycon “Rock” Silva, basta clicar no LINK.

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