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27 de abril de 2024

Grupo é suspeito de remover cadáveres e vender terrenos em cemitério


Por Monique Manganaro Publicado 03/10/2019 às 13h20 Atualizado 24/02/2023 às 11h44
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A Polícia Civil do Paraná cumpre, na manhã desta quinta-feira (3), 50 mandados judiciais contra um grupo suspeito de vender ilegalmente terrenos no Cemitério Municipal São Lucas, em Ibiporã (a 132 quilômetros de Maringá). Um vereador da cidade e o diretor do cemitério estão entre os alvos.

Segundo a polícia, a investigação apurou que a quadrilha chegava a retirar ossadas de pessoas que foram enterradas no local e descartava os ossos em lugares irregulares. Posteriormente, os terrenos eram vendidos.

Ao todo, 13 pessoas tiveram a prisão temporária decretada. 22 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Londrina e Ibiporã. “Outros 15 mandados relacionados a sequestro de bens adquiridos com o dinheiro do crime devem ser cumpridos. Entre os bens estão automóveis, imóvel e equipamentos de academia de posse de um empresário ligado ao bando”, explica a PC.

O líder do grupo, de acordo com as informações, seria o diretor do cemitério, que ocupa um cargo público no município, além de ser comissionado como diretor do cemitério.

O vereador suspeito de envolvimento no esquema teria como função indicar a compra de terrenos a terceiros. Empresários e representantes de duas funerárias também são investigados.

“A [polícia] apurou que o diretor do cemitério exigia vantagem indevida de pessoas carentes de Ibiporã e demais regiões próximas, que pretendiam enterrar entes queridos no local. Ele dizia às vítimas que os terrenos eram de domínio particular e por isso era necessário pagar para usá-los”, detalha.

Os valores, conforme a investigação, variavam entre R$ 2 mil e R$ 22 mil. “Além disso, os criminosos ludibriavam famílias que tiveram familiares mortos em acidentes de trânsito e resgatavam de forma integral o dinheiro decorrente do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT)”, afirma a polícia.

Um homem envolvido se passava por advogado, recebia o dinheiro, mas não repassava às vítimas. Ele dizia que o valor teria sido destinado às despesas funerárias, incluindo a compra do terreno.

Os investigados podem ser indiciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, concussão e vilipêndio a cadáver.

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