Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

08 de julho de 2024

G20/Haddad: Desigualdades e mudanças climáticas precisam ser enfrentadas como desafios globais


Por Agência Estado Publicado 28/02/2024 às 11h04
Ouvir: 00:00

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira, 28, que as desigualdades sociais e as mudanças climáticas precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob o risco de um agravamento das crises imigratórias.

Em discurso na abertura oficial das reuniões de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, Haddad falou sobre o papel da concertação global no enfrentamento da pobreza e crise climática. A participação foi virtual, já que o ministro ainda se recupera da covid-19.

Ele citou o combate à pobreza e à desigualdade, o financiamento do desenvolvimento sustentável, a tributação justa, a cooperação na agenda verde, a chamada de transição ecológica, e o endividamento crônico de vários países entre os temas prioritários que podem ser avançados nas reuniões de hoje e amanhã do G20.

Conforme Haddad, os países mais pobres pagam um preço proporcionalmente mais alto pela crise da globalização. Apesar disso, ele frisou que é ilusão pensar que as economias mais ricas podem virar as costas do mundo para tratar apenas de seus problemas domésticos, uma vez que também serão afetadas pelas consequências. “Em um mundo no qual trabalho e capital são cada vez mais móveis, pobreza e desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob a pena da ampliação das crises humanitárias e imigratórias.”

Nesse sentido, o ministro destacou que o G20 é o fórum adequado na coordenação de politicas econômicas para redefinir a globalização, com critérios sociais e ambientais para o direcionamento dos fluxos de capital.

A conjuntura global, pontuou Haddad, é desafiadora, e os discursos nos debates globais oscilaram nas últimas três décadas entre o otimismo desenfreado e a completa negação. “Ao mesmo tempo em que milhões saíram da pobreza, especialmente na Ásia, houve substancial aumento de desigualdades de renda e riqueza em diversos países”, declarou Haddad.

Ao cobrar medidas para que os bilionários do mundo paguem seus impostos, o ministro da Fazenda ressaltou que, enquanto crises causaram grandes perdas econômicas, um complexo sistema offshore ofereceu formas elaboradas de evasão tributárias aos super-ricos.

Ele observou que a parcela do 1% mais rico do mundo detém 43% dos ativos mundiais – ou seja, a riqueza global – e emitem o equivalente a dois terços dos mais pobres da humanidade.

Sob a emergência da crise climática, Haddad afirmou que o mundo tem lutado para definir os contornos da nova globalização. Ele considerou que a crise financeira global de 2008 expôs as limitações do modelo de globalização, chegando a uma crise na qual não há ganhadores.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Criptmoedas: bitcoin enfrenta mais volatilidade e cai, incapaz de superar níveis de resistência


O bitcoin replicou a recente volatilidade que tem enfrentado na sessão de hoje. No final da tarde, a principal criptomoeda…


O bitcoin replicou a recente volatilidade que tem enfrentado na sessão de hoje. No final da tarde, a principal criptomoeda…

Economia

Petróleo fecha em baixa, com avaliações sobre geopolítica e efeitos modestos de furacão em foco


Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta segunda-feira, 8. Em dia de agenda modesta, a commodity mostrou pouca força,…


Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta segunda-feira, 8. Em dia de agenda modesta, a commodity mostrou pouca força,…

Economia

Abicalçados: Importações de calçados da China aumentam 261% em junho ante mesmo mês de 2023


No mês de junho, entraram no Brasil mais de 705 mil pares de sapatos chineses, 261% mais do que no…


No mês de junho, entraram no Brasil mais de 705 mil pares de sapatos chineses, 261% mais do que no…