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02 de julho de 2024

Antes de escândalo, diretores venderam ações, aponta a PF


Por Agência Estado Publicado 28/06/2024 às 07h34
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A Polícia Federal (PF) diz que o ex-presidente da Americanas Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali e outros ex-executivos da rede varejista venderam R$ 287 milhões em ações pouco antes do anúncio, em janeiro do ano passado, da existência de um rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço da empresa em razão de “inconsistências contábeis”.

A descoberta levou ao enquadramento dos ex-executivos por crime de uso de informações privilegiadas, além de outros delitos investigados na Operação Disclosure, que foi desencadeada ontem.

Segundo a investigação que resultou na ação, Gutierrez e Anna Saicali teriam vendido mais de R$ 230 milhões – R$ 171,7 milhões e R$ 59,6 milhões, respectivamente – em ações da Americanas antes de as fraudes contábeis na empresa se tornarem públicas.

O auge das transações ocorreu entre julho e outubro de 2022, afirmam a PF e o Ministério Público Federal (MPF). Os autos da operação apontam que as vendas de ações ocorreram nos seis meses anteriores à divulgação do fato relevante sobre o rombo da Americanas – “responsável por impactar significativamente” o preço das ações da varejista.

As operações atípicas chegaram a ser comunicadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A PF indica que a “iminente descoberta pelo mercado do rombo nas finanças da empresa”, com a troca do CEO da Americanas, em agosto de 2022, levou alguns investigados a fazerem “vendas milionárias de ações, antecipando-se ao fato relevante que geraria o derretimento do preço das ações em janeiro de 2023”.

A defesa de Gutierrez afirmou, em nota, que “jamais participou’ de fraudes. A defesa de Anna não se pronunciou. O MPF afirmou que, quando saiu a notícia de que Gutierrez seria substituído na chefia da Americanas, os investigados ficaram preocupados com a impossibilidade de esconder as fraudes do novo CEO. Assim, de acordo com a investigação, o grupo tentou “diminuir as consequências” das fraudes “discutindo estratégias que pudessem amenizar os danos que deveriam ser comunicados ao novo CEO”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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