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02 de julho de 2024

Política: pragmatismo parasitário


Por Gilson Aguiar Publicado 15/03/2022 às 11h37 Atualizado 19/10/2022 às 10h30
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Pixabay

Tempos de conchavos e busca de permanência no poder. As eleições deste ano começam com o arranjo para receber o voto. Não é um debate sobre o futuro do país através de projetos amplos, são atos pequenos de acomodação de interesses. “Permanecer no poder é a busca”, o bem comum é retórica.

No Paraná não é diferente. Os partidos estão assistindo abandonos e migrações de seus membros. Uns chegam outros saem. Todos querem um “lugar ao sol” para serem vistos e eleitos, aglutinarem poder e exercer o mando necessário para “se fazer na política”, como afirma Max Weber.

A política não é só vocação é mais que tudo profissão. O poder de se estabelecer no governo e garantir as benesses que ele permite. Os líderes políticos articulam e oferecem suas proteções. Arregimentam forças e expurgam ameaças. Há sempre uma forma de retirar os empecilhos que atrapalham a ascensão ao poder. Veja Eduardo Leite, atual PSDB e que pode migrar para PSB na busca de ter sua candidatura à presidência da república garantida.

Geraldo Alckmin caminha para uma aliança com Lula, do PT, seu arquirrival. Quanto vale o poder? O preço do ato contraditório e o abraço mais traiçoeiro. Chegar ao governo, estar no poder. A lógica da política como sustentação não é a estética que se apresenta ao eleitor. A demagogia é um ritual para a massa, mas o jogo de interesses não envolve o cidadão.

O chamado pragmatismo tem ganho cada vez mais adeptos. Por isso, o representante público não precisa ter uma riqueza de argumentos e defesas de suas bases. Precisa ter a capacidade de entender o jogo de alianças, saber sobreviver no mar de interesses e ser interessante para aqueles que necessitam de força e estão dispostos a trocar.

Para a sociedade, o preço desta relação a permanência das relações e das condições. É a vida de expectador diante de um estado que se diz democrático. É a letargia que favorece os parasitas que se alimentam do corpo lento. Por isso, as ações lentas do poder público é o fortalecimento de quem controla seus atos. Agravando problemas e cobrando caro as “soluções” e “remediações”.

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