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14 de maio de 2024

Blockchain chega ao mercado imobiliário brasileiro


Por Allan Cardoso Publicado 10/11/2021 às 22h18 Atualizado 19/10/2022 às 15h46
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Blockchain chega ao mercado imobiliário brasileiro

A tecnologia blockchain surgiu em 2008 junto com o Bitcoin (BTC), mas com o tempo ganhou vida própria e começou a andar sozinha, explorando outros mercados, como o imobiliário. De forma superficial, podemos explicar a blockchain como um grande banco de dados compartilhado que registra as transações online de seus usuários, de forma segura e transparente a todos os envolvidos na transação.

Mas como isso se aplica ao mercado imobiliário? Vamos entender.

Por meio de tokens criptografados, qualquer ativo, incluindo os imobiliários, podem ser comercializados via a plataforma blockchain. No caso dos imóveis, as principais vantagens são a possibilidade de adquirir o bem por partes, sem a necessidade de um financiamento e sem a cobrança de juros.

Diferentemente de um financiamento em que o imóvel é do banco até que a última parcela seja paga, nesse novo modelo é possível ser dono de uma fração do imóvel e já se beneficiar proporcionalmente dos benefícios.

Ao adquirir 20% de um apartamento de R$ 600 mil, por exemplo, e considerando o aluguel de R$ 3 mil por mês (0,5% sobre o valor da propriedade), o proprietário irá receber 20% do valor do aluguel (R$ 600). Caso ele opte por residir na propriedade, esse valor é abatido do aluguel, restando apenas o pagamento de R$ 2,4 mil mensais. À medida que novas frações do imóvel vão sendo adquiridas pelo proprietário, essa proporcionalidade é ajustada.

Um ponto importante é que, pelas regras atuais, um imóvel não poderá ser comercializado para mais de uma pessoa, então é possível que o comprador se programe para ir adquirindo aos poucos, conforme suas possibilidades financeiras, sem precisar se comprometer com uma dívida por décadas.

Além disso, é possível também vender sua parte do imóvel e já se beneficiar da valorização do bem.

Os primeiros 16 imóveis tokenizados serão comercializados a partir deste mês de novembro em Porto Alegre/RS pelas empresas Imovelweb e Netspaces, mas a expectativa é que no primeiro semestre de 2022 seja expandido para outras regiões do Brasil. O valor total desses primeiros apartamentos gira em torno de R$ 600 mil e a proposta é que os interessados adquiram 20% (R$ 120 mil aproximadamente) do imóvel agora, podendo daqui a 12 meses comprar mais uma fração ou todo o restante.

Apesar de esse tema ser ainda muito recente no Brasil, o uso de tokens no mundo é uma realidade cada vez mais comum. Só no terceiro trimestre de 2021, foram negociados mais de U$$ 10,7 bilhões em NFTs (tokens não-fungíveis) de diversas naturezas.

Não há como fugir, a modernização do mercado imobiliário é iminente e precisamos o quanto antes nos familiarizar e aderir às novas tecnologias para aproveitar as oportunidades e, claro, não ficarmos para trás.

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