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24 de junho de 2024

Média camufla a realidade


Por Gilson Aguiar Publicado 09/06/2022 às 11h10 Atualizado 19/10/2022 às 10h39
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Pixabay

Na estatística se tem um fator de avaliação chamando “média”. Na vida ela nos serve para muitas coisas positivas. Mas quando se fala em algumas avaliações onde a desigualdade é relativamente grande, a “média” pode camuflar a verdade.

Um destes casos é o índice de consumo das cidades paranaenses. Um levantamento feio pelo portal BemParaná. Em 2022, o potencial de consumo do Estado está em R$ 366,73 bilhões. O que dá para cada morador do Estado um potencial anual de R$ 31,6 mil, por ano. Lembrando que o Paraná tem uma população estimada de 11,6 milhões.

Se a média parece boa e se pensa que toda a população tem acesso a este valor, há um engano. Dos 399 municípios, 53 cidades do Paraná de melhor potencial de consumo é onde mora 52% da população. Nelas, a média de potencial de consumo está acima da estadual. O que denuncia uma desigualdade significativa entre a população do Estado.

Você pode até considerara que quem lidera o ranking do poder de consumo seja uma grande cidade do Estado. Não é. Quatro Barras é a líder com uma população de um pouco mais de 4 mil habitantes, localizada no oeste do Paraná. A média de consumo anual da cidade é de R$ 40.563,94.

Contudo, a segunda e terceira colocadas são Maringá e Curitiba. A primeira com um potencial de R$ 39.750,55 e a segunda com um potencial de R$ 39.293,67. Na sequência vem Pato Branco e Londrina.

Lembrando que 86,7% das cidades do Estado estão à baixo da média. Para ser ter uma ideia, a cidade de Doutor Ulysses é a que tem o menor potencial de consumo do Paraná, com R$ 13.212,17. A cidade fica na região metropolitana de Curitiba. Logo, uma desigualdade que se avizinha. O que não é incomum no Estado.

Por isso, a média é traiçoeira e em um país como o Brasil ela serve para distorcer uma realidade que generalizada não denuncia problemas graves e ambientes completamente diferentes.

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