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27 de abril de 2024

Distância entre a palavra e o sentimento


Por Gilson Aguiar Publicado 06/03/2019 às 10h58 Atualizado 20/02/2023 às 11h09
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Não é difícil falar o que se deve. Esta fala que todos estão esperando que sai de nossa boca. Desde um julgamento moral adequado, ao sentimento que, mesmo não tão correspondido, não impede de ter “eu te amo” como resposta. Somos mentirosos? Não apenas somos o que os outros esperam de nós. Os resultados desta prática como algo constante são desastrosos.

Nas empresas, por exemplo, a cultura empresarial, algo que poucas pessoas se atem, são um perigo. Elas geram discursos prontos e uma cordialidade superficial. Não se fala o que pensa, o que se sente, mas apenas o que é adequado para o lugar. Por isso, muitas empresas não avançam. Patinam, cheia de pessoas que aprenderam a sobreviver e não a viver na empresa.

Há uma grande diferença entre o sentimento de comodidade e o que provoca o crescimento. Acomodados não crescem, apenas repetem seus atos para não serem incomodados. Muitos destes vivem nos porões, onde expressam para um grupo restrito seus segredos recheados de descontentamento. Empresas estão cheias de “porões”.

Um desafio para as corporações é superar este ambiente. Entender que a cultura da empresa pode ser algo benéfico para o sucesso como para o fracasso. Os hábitos nos condenam, mas, como diz o ditado, “também faz o monge”. Aqueles que procuram o trabalho em determinado lugar estão sempre a busca de algo que lhes identifique. Logo, não é de se surpreender que alguns fazem e se fazem na empresa e outros apenas a habitam.

Na nossa vida pessoal não é diferente. Temos uma dificuldade imensa de identificar a qualidade das relações que estabelecemos. Quantos apenas falam o que deve ser dito e quantos sentem realmente o que estão falando? Impossível atingir interesses, objetivos e construir uma relação sem encurtar o sentido da expressão, fala e ação.

Logo, a avaliação dos seres humanos é fundamental. Devemos começar por nós mesmos. Apontar para o outro como alguém que tem o defeito de não sentir e falar o que pensa não é justo. Nós temos nesta prática muita injustiça. Trair a nós mesmos é a pior das traições. Não vamos nunca conseguir estabelecer uma relação verdadeira pois o fracasso já repousa em nós. Se queremos sinceridade, poderíamos começar dando o exemplo.

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