‘O agronegócio está muito próximo da população e Maringá tem uma presença forte de empresas do setor”, diz presidente da SRM


Por Redação GMC Online
Foto: Ivan Amorin/Sociedade Rural de Maringá

Com o objetivo de trocar informações sobre tendências e conexões entre ecossistemas do agronegócio, empresários lideranças e instituições do setor na região de Maringá se reuniram nesta quinta-feira, 11, para o “Inova Agro – Governança do Agro”. O evento é realizado pelo Sebrae/PR e pela Sociedade Rural de Maringá (SRM), como parte do Programa “Varejo Inteligente”, que, desde 2020, organiza ações em prol do comércio de Maringá. O encontro é realizado no Empório Shinnai.

Segundo a presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araújo, o encontro desta quinta-feira marca a retomada dos eventos presenciais e une as cadeias produtivas para troca de experiências. “É um momento importante para fortalecer os setores. Um ajuda o outro. O Sebrae ajuda a interligar as cadeias de produção com esclarecimento, informações e capacitação”, diz.

Ela destaca que Maringá tem uma presença muito forte de empresas do agronegócio e o setor é muito próximo da população. “O setor oferece muito incentivo para que as famílias desenvolvam suas atividades. Boa parte do alimento que vai para a mesa das pessoas é da agricultura familiar”, diz, acrescentando que o poder de consumo de Maringá para os produtos do agronegócio é muito bom.

Conforme a presidente, o produtor rural busca a preservação dos recursos naturais para garantir a continuidade da produção com qualidade e que é importante a pessoa urbana entender o processo produtivo. “Os insumos são a terra, solo e água e se não há preservação não é possível desenvolver a atividade”, diz. Maria Iraclézia complementa que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, graças aos investimentos de ciência e tecnologia. “Existem muitas pesquisas, por exemplo, para a utilização de insumos menos agressivos”.

Ela destaca que a Cocamar foi eleita neste ano como a melhor cooperativa agropecuária do Brasil, pela revista Istoé Dinheiro. “A cooperativa contribui muito com o desenvolvimento do setor, com capacitação, cooperação e associativismo”, diz.

Com a pandemia, o setor precisou se readequar, mas os trabalhos foram mantidos. “As feiras livres, por exemplo, fecharam por um tempo, mas iniciaram o delivery. A Cocamar reestruturou o atendimento. O setor se reinventou. Com o fim da pandemia, manteremos, inclusive, opções de trabalho presenciais e a distância”, adianta a presidente.

Foto: Ivan Amorin/Sociedade Rural de Maringá

Cases

Para exemplificar as potencialidades da região o produtor Fernando Rosseto compartilhou no encontro desta quinta-feira a história e estratégias adotadas pelo Sítio Eliza, que dá nome à marca de café que a família dele produz em Mandaguari, em uma propriedade com 300 mil pés de café.

O Sítio Eliza Cafés Especiais conquistou, em 2017, o primeiro lugar na categoria Café Natural, no concurso “Nosso Café Yara”, que ocorreu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Rosseto conta que depois desse reconhecimento, o negócio passou a ser procurado por clientes do Brasil todo.

“Meu pai começou a plantar em 1953, mas a partir de 2017 e 2018, quando fomos campeões e vice-campeões em um concurso nacional de cafés, passamos a agregar mais valor ao produto.  Antes, colhíamos e vendíamos cru. Depois, começamos a torrar e vender para consumo”, conta Rosseto.

O empresário destaca que as características do solo e a localização da propriedade na linha do Trópico de Capricórnio favorecem aroma, acidez e sabor do café, graças a uma temperatura ideal e chuvas bem distribuídas durante o ano. O produto passa por secagem por meio de um processo natural e torra especial.

Hoje o café vai para o Brasil inteiro e já começa a ser exportado. A primeira negociação, que ocorreu em julho deste ano, garantiu o envio do produto para Atlanta, nos Estados Unidos, que já realizou um novo pedido, neste mês de novembro.

Gardens e flores

A empresária Clau Amaral está no mercado de paisagismo desde 2005. No segmento, oferece projetos para empresas, residências, condomínios e edifícios. A empresa também realiza jardins verticais e paisagismo em vasos. O negócio passou por várias transformações nos últimos anos, até que se tornou franchising, com a primeira unidade franqueada no Pará, em Castanhal. A ideia é expandir, atingindo no máximo 50 unidades.

Uma novidade apresentada pela empresa é a conquista do Selo Verde pela certificadora Ecolmeia, em 2021, reconhecido nacionalmente. “A procura do Selo Verde foi para validar esse conceito de sustentabilidade que sempre prezamos. Você ser consciente, é mais do que moda, é obrigação. O que é descartável, é preciso descartar corretamente. E o que não é, preciso dar uma nova roupagem, uma nova função”, diz.

A empreendedora diz que esse cuidado aproxima a empresa de consumidores comuns que estão antenados e preocupados com o futuro do planeta, e de outras empresas que exigem negociar com organizações que possam comprovar sua responsabilidade socioambiental.

Além do aspecto sustentável, há outros movimentos de consumo que representam oportunidades para o setor. “Entre as tendências, podemos citar que as pessoas querem e precisam do verde dentro de casa, demanda que cresceu com a pandemia”, ressalta Clau.

Outras ações

No evento desta quinta-feira, 11, haverá ainda um encontro presencial da Governança do Núcleo de Inteligência do Comércio (NIC), com lançamento da Plataforma do Núcleo; Inauguração do Portfólio de Soluções Amigas do Comércio de Maringá, com apresentação de pitch individual das soluções e seminário sobre conexões e experiência do cliente.

No encontro, também estão sendo realizados podcasts e entrevistas com líderes, empresários e parceiros do comércio de Maringá e Região compartilhando conhecimento e casos práticos nas temáticas de Meios de pagamento, tendências de consumo, tecnologias e inovação para o comércio.

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