Uma mulher saudável pode mudar gerações. É com essa certeza em mente que a ginecologista obstetra Talita Muniz criou o Manual da Gestante, lançado esta semana em uma cerimônia no Sicredi Dexis.
Talita Muniz trabalha com obstetrícia há quase 10 anos e diz que o cartão pré-natal normalmente é muito simples e resumido. “Desde que eu tive meu último filho, que está com três anos, eu comecei a pesquisar mais sobre a obstetrícia no pré-natal e o que poderia fazer de melhor”, conta.
Ela passou a estudar mais a fundo sobre a importância dos hábitos, que podem afetar não apenas o bebê que está sendo gerado, mas também as próximas gerações. “Quando você está gerando seu filho, ele já tem células germinativas, que vão virar espermatozóides ou óvulos, que vão gerar, no futuro, os seus netos”, explica. A médica diz que manter bons hábitos é tão importante quanto fazer um ultrassom ou um teste para detectar alterações como infecções ou contaminações por HIV e sífilis.
Outro ponto de destaque é a suplementação. “Só a nossa alimentação não dá conta de nutrir o bebê de maneira adequada. Quando você dosa os nutrientes, vê que precisa de mais”. Todos esses conhecimentos já eram repassados a gestantes atendidas pela obstetra, porém, agora, estão reunidos em um manual completo, que os pais podem levar para casa e, a cada consulta, ainda recebem uma aula sobre os temas que geram mais dúvidas, como amamentação, via de parto, golden hour e puerpério.
“Eu estendi o tempo da consulta para trazer essas informações em forma de um minicurso, porque muitas mães procuram essas informações na internet e ficam muito perdidas entre o que é verdade e o que não é. Ter essas informações diretamente do profissional que você contratou, que está junto com você, traz segurança e paz para a gestante”, conta a obstetra.
O Manual da Gestante ainda ajuda médica e paciente a fazerem um rastreio detalhado dos hábitos da mamãe e identificarem pontos de melhoria, como aumentar o consumo de água, a qualidade do sono ou a alimentação. “É uma maneira mais didática e visual dela entender a importância dos hábitos na gestação”, conta. Bons hábitos podem, inclusive, sobrepor questões genéticas: “80% do que vamos ter de doença ou saúde depende do nosso comportamento; seus pais podem ter diabetes, mas esse gene pode ser lido ou não conforme o seu comportamento”, exemplifica Dra Talita.
Além de todo o acompanhamento em consultório, a médica também divide seus conselhos e conhecimentos com milhares de seguidoras pelo instagram. “Eu vejo a gestação como algo além do físico, da medicina… É uma transformação da mulher. Eu aprendi na faculdade toda a técnica da amamentação, mas quando tive minha filha, amamentar a primeira vez foi muito difícil. Quanto mais munida de informações essa mulher tiver, mais tranquila e suave será a maternidade,” finaliza a médica.
