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08 de agosto de 2024

Campos Neto destaca redução média de spreads de 10,4% com Cadastro Positivo


Por Agência Estado Publicado 08/08/2024 às 13h24
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 8, que, ao reduzir as assimetrias de informação, o Cadastro Positivo gerou uma diminuição de 10,4% dos spreads bancários. Segundo ele, o Cadastro Positivo diminuiu muito a inadimplência e, entre seus primeiros efeitos, permitiu a migração de 41% dos beneficiados, em média, para uma faixa de crédito de menor risco com juros menores.

Campos Neto discursou em evento sobre os cinco anos do Cadastro Positivo realizado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).

Após ouvir no discurso do presidente da Febraban, Isaac Sidney, que o crédito deve ter expansão de dois dígitos neste ano, Campos Neto disse que a autoridade monetária fica feliz ao ver o crédito voltando a crescer após sobressaltos.

A migração para menor risco causada pelo Cadastro Positivo, segundo ele, tem como efeito impulsionar o crédito. Campos Neto pontuou que o objetivo é levar as soluções que reduzem a assimetria da informação para as plataformas digitais.

Ao observar que o arranjo de pagamentos ainda vai sofrer várias alterações e inovações, Campos Neto avaliou que a digitalização vai ajudar a baixar ainda mais o spread dos bancos. “A tecnologia será importante para reduzir o custo da cadeia de arranjo de pagamentos”, declarou.

Cenário de crescimento no crédito

O presidente da Febraban disse que, salvo mudança brusca de cenário, o ritmo de crescimento do crédito muito provavelmente vai se manter até o fim do ano, chegando a dois dígitos, conforme indicam números de janeiro a junho.

Sidney atribuiu a aceleração do crédito à redução da taxa básica de juros, a Selic. Diante de Campos Neto, o presidente da Febraban disse que o trabalho do chefe da autoridade monetária merece aplausos.

Ressaltou que, após preservarem níveis adequados de capital e liquidez, os bancos estão prontos para ampliar suas carteiras de crédito.

“O que quero dizer aqui é que os bancos têm espaço para emprestar mais”, declarou Sidney, citando também o crescimento anual de 11,4% da carteira em doze meses até junho.

Do lado das famílias, pontuou, o forte dinamismo do mercado de trabalho ajuda bem o ambiente de crédito. “O avanço do emprego e da renda tem sustentado a demanda por empréstimos, mesmo que os juros básicos tenham parado de cair.”

Ao mesmo tempo, emendou, o ciclo de expansão da renda tem melhorado o balanço financeiro das famílias, propiciando a redução dos índices de endividamento e de comprometimento da renda.

Sidney observou ainda que a melhora de inadimplência contribuiu para aceleração do crédito, ao passo que o atual mix da carteira pode tornar a alta do crédito mais sustentável e duradoura.

Assim, mesmo que “infelizmente” o ciclo de queda da taxa Selic tenha sido interrompido e os comunicados do BC indiquem a permanência da taxa em 10,50% ao ano por um período prolongado, o presidente da Febraban sustentou que o crescimento do crédito deve continuar.

“Minha percepção é que, se não houver uma mudança brusca no cenário, é muito provável que o ritmo de crescimento do crédito se sustente e, inclusive, feche o ano com alta de dois dígitos. Os bancos vão trabalhar firme para isso”, projetou Sidney.

Segundo ele, os últimos balanços mostram melhora qualitativa dos resultados dos bancos, e o crescimento do crédito está em linhas menos arriscadas e mais baratas.

Por fim, ele pediu que sejam evitadas ao máximo soluções “extravagantes” sobre o mercado de crédito, apontando o aumento da CSLL, que, conforme Sidney, levaria a um aumento do custo das operações e seria “um banho de água fria” para os bancos.

“Temos, ao contrário, de atuar na direção de reduzir os principais ofensores do spread bancário brasileiro. No Brasil, 80% do spread bancário se deve aos custos de intermediação financeira, principalmente inadimplência e impostos”, assinalou o presidente da Febraban, citando o Cadastro Positivo entre as medidas que vão na direção de reduzir o custo do crédito.

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