Demanda satisfatória sustenta confiança de serviços em alta em agosto, afirma FGV


Por Agência Estado

A demanda satisfatória por serviços sustentou a confiança dos empresários do setor em alta em agosto. Porém, o fim do ciclo de afrouxamento monetário desperta preocupação quanto aos próximos meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 0,4 ponto na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, para 94,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICS teve ligeira alta de 0,1 ponto.

“O resultado de agosto da sondagem ratifica o ano de oscilações do setor com tendência de estabilidade na confiança. O volume de demanda presente é positivo no ano, apesar de um ambiente de negócios mais morno em comparação com os anos anteriores. Já nas expectativas para os próximos meses, os empresários seguem cautelosos quanto ao futuro dos negócios. O cenário macroeconômico de taxas baixas de desemprego e melhora de renda contribui, em parte, com o momento mais seguro da demanda de serviços. Contudo, o fim do ciclo de queda da taxa de juros, incerteza elevada e pressões de custo, podem estar contribuindo para o atual comportamento reticente dos empresários”, avaliou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,6 ponto, para 96,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) teve elevação de 0,1 ponto, para 92,6 pontos.

Os dois componentes da situação atual avançaram: o item que mede a situação atual dos negócios subiu 0,8 ponto, para 96,4 pontos, enquanto o que avalia o volume da demanda atual cresceu 0,4 ponto, para 97,0 pontos.

Entre as expectativas, a demanda prevista nos próximos três meses aumentou 1,0 ponto, para 93,8 pontos, e o item que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu 0,7 ponto, para 91,6 pontos.

Em médias móveis trimestrais, o segmento dos serviços prestados às famílias se mantém com melhor desempenho que os demais, com alta de 2,0 pontos no trimestre encerrado em agosto.

“O setor de serviços segue andando de lado, porém, os serviços prestados às famílias se mostram mais resiliente no terceiro trimestre”, completou Pacini.

A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.425 empresas entre os dias 1º e 27 do mês.

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