Guillen fala de desafios cíclicos da desinflação em reunião anual da Cebra


Por Agência Estado

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, tratou de desafios cíclicos para a desinflação em um painel da reunião anual Associação de Pesquisa dos Bancos Centrais (Cebra, na sigla em inglês), em Frankfurt, na Alemanha.

A palestra não foi transmitida, mas o BC divulgou uma apresentação de slides que teria sido usada pelo diretor. Ela é organizada em tópicos e fornece poucos detalhes sobre a fala de Guillen no painel, que tinha como tema “Inflação – Desafios para formuladores de políticas e pesquisadores”.

O primeiro slide fala do “primeiro estágio” da desinflação, intitulado “o período sem custos”. Dois gráficos mostram a contribuição de vários fatores, como o hiato do produto, preços administrados, alimentação no domicílio e bens industriais para a inflação de serviços acumulada em 12 meses, do primeiro trimestre de 2016 ao primeiro trimestre de 2024.

O segundo slide, chamado “segundo estágio da desinflação: o exógeno/incontrolável”, traz números dos juros de mercado no Brasil e Estados Unidos, além de uma série de estimativas da taxa real neutra de juros no Brasil no quarto trimestre de 2019, segundo trimestre de 2023 e segundo trimestre deste ano.

O quadro sobre os juros neutro traz uma “mediana das medianas” de várias estimativas, que, na data mais recente, resulta em 5%. As estimativas incluem a Selic real ex-ante do Focus, juros neutros de alta e baixa frequência, taxas reais de mercado descontado o prêmio de risco, paridade de juros descoberta, juros neutros dos modelos do BC e juros neutros do questionário pré-Copom.

Um terceiro slide, ainda sobre o segundo estágio da desinflação, traz gráficos sobre a renda bruta disponível das famílias (do quarto trimestre de 2005 ao quarto trimestre de 2023) e sobre as projeções de IPCA anual do Focus, de janeiro de 2023 a julho de 2024.

No último slide, sobre “desafios e impactos de longo prazo”, há uma tabela bidimensional que traz quatro temas: “inteligência artificial”, “mudança climática”, “dívida pública maior” e “tensões geopolíticas e desglobalização”. As áreas de impacto de cada um deles são divididas em colunas, com os títulos “nível de preços”, “inflação” e “volatilidade dos preços”. Cada observação traz uma referência acadêmica.

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