Haddad: governo pretende enviar na metade de abril propostas para regulamentação da tributária
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta quarta-feira, 27, que o governo pretende enviar no mês que vem, ao Congresso, a lei complementar da reforma tributária. “Vai surpreender os mais céticos em relação à economia brasileira.”
Haddad salientou que o passo será muito importante para o aumento da produtividade nacional. “Quem quiser investir no Brasil não terá que pagar imposto, quem quiser exportar não vai exportar imposto, porque as exportações estarão 100% desoneradas.”
O ministro defendeu que o atual governo está criando infraestrutura econômica a fim de aumentar o PIB potencial brasileiro, e entre os exemplos de iniciativas citou a reforma tributária, o novo marco fiscal e uma série de leis enviadas recentemente ao Congresso, entre elas as ligadas à agenda de baixo carbono.
“Os empresários que atuam no Brasil, sobretudo os estrangeiros, devem ficar perplexos de como a economia brasileira pode crescer com um sistema tributário tão caótico como o nosso”, afirmou Haddad, ao defender a importância da aprovação da reforma tributária.
O ministro destacou os números recentes da economia brasileira, entre eles as surpresas com o PIB, e disse que mesmo crescendo o País está conseguindo sustentar uma inflação baixa. “Ano passado as projeções de inflação começaram em 6% e terminamos na casa de 4,6%”, disse.
Ao comentar sobre a atividade doméstica, Haddad também avaliou que é possível que o crescimento de 2,9% do PIB em 2023 ainda seja revisto para cima, e disse que o governo deve em breve rever para cima a estimativa deste ano, atualmente de 2,2% para um nível de 2,5% para cima.
Abertura bilateral
O ministro da Fazenda afirmou ainda que o governo atual, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traz oportunidades importantes para o Brasil, sobretudo, acrescentou, no que diz respeito a relações bilaterais que foram deixadas de lado. Entre os exemplos, citou a China e a América do Sul.
Sobre o Mercosul, o ministro argumentou que a adesão de novos países pode fortalecer o bloco. “Temos que fortalecer nosso bloco, não no sentido de patrocinar o isolamento e o protecionismo à moda antiga, mas propor uma globalização sustentável.”
O Brasil, afirmou, pode colaborar além do debate, sendo um exemplo de boas práticas para economias de renda média. O ministro frisou que o País tem uma economia robusta e destacou que o Brasil é um credor líquido internacional.
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