Na China, reguladores investigam bancos por violação de regras para compras de títulos


Por Agência Estado

Bancos regionais da China estão sendo investigados por terem comprado títulos do governo em grandes volumes em meio a um prolongado rali dos papéis que chamou a atenção do PBoC, como é conhecido o banco central chinês.

A Associação Nacional de Investidores Institucionais do Mercado Financeiro, órgão regulador apoiado pelo PBoC, disse na quarta-feira que começou a investigar quatro bancos comerciais rurais da província de Jiangsu por possível manipulação dos preços de títulos.

Nesta quinta-feira, a associação informou ter denunciado algumas instituições financeiras de pequeno e médio porte ao PBoC por violação das regras de negociação de títulos.

A iniciativa marca o mais recente esforço de autoridades chinesas para conter o aquecido mercado de títulos e vem dias após o rendimento do papel de 10 anos atingir nova mínima intraday, na segunda-feira, 5, levando grandes bancos estatais a vender bilhões de títulos em uma tentativa de prevenir novas quedas.

Os principais bancos chineses venderam mais de 60 bilhões de yuans em títulos, o equivalente a cerca de US$ 8,4 bilhões de dólares, nos primeiros dois dias da semana, segundo a mídia estatal. No entanto, investidores continuaram adquirindo títulos, sendo que apenas bancos comerciais rurais acumularam cerca de 32 bilhões de yuans em títulos no período de dois dias.

Os bancos menores, principalmente os responsáveis por apoiar áreas menos desenvolvidas, têm sido alguns dos compradores mais agressivos durante o rali no mercado de títulos. Em meio à redução das margens de lucro, em um contexto de demanda mais fraca por empréstimos, os bancos rurais mais vulneráveis têm procurado títulos de longo prazo nos últimos anos.

Essa situação tem gerado alertas do PBoC, que demonstra preocupação sobre uma possível bolha no mercado de títulos e instabilidade financeira. O BC chinês recentemente determinou que bancos rurais de Jiangsu parem de comprar títulos em grande escala, segundo o jornal estatal Securities Times. Fonte: Dow Jones Newswires.

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