Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

30 de junho de 2024

Neste momento, tema que tem chamado atenção do BC é o câmbio, diz Galípolo


Por Agência Estado Publicado 28/06/2024 às 15h55
Ouvir: 00:00

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu nesta sexta-feira, 28, que o nível da taxa de câmbio chama a atenção da instituição. A moeda americana opera hoje nos maiores patamares em dois anos e meio.

“Neste momento, o tema que tem chamado atenção do BC é o câmbio. O câmbio tem estado bastante descolado dos seus pares, desvalorizando rápido. Temos debatido e observado câmbio e seus impactos para economia”, disse.

“Economia aquecida e hiato apertado sugerem desinflação mais lenta ou custosa. E um câmbio elevado também sugere desinflação mais lenta ou custosa”, continuou.

O diretor do BC também afirmou que o mercado de trabalho está aquecido, mas que o Banco não enxerga um link evidente com a os preços da economia, ou seja, o movimento da inflação. Ele observou que os economistas vêm sendo surpreendidos recorrentemente com o crescimento da economia.

‘Estamos sempre olhando repasse do câmbio para inflação e expectativas’

O diretor de Política Monetária do Banco Centra disse que a autarquia está sempre atenta a eventuais repasses de uma desvalorização cambial para a inflação ou para expectativas. Segundo Galípolo, o comportamento do dólar frente ao real tornou-se um ponto de atenção para a diretoria do BC.

“A gente está assistindo a um cenário de evolução rápida na desvalorização do real perante o dólar, e tentando sempre fazer uma comparação para ver o quanto essa performance pior, comparada com os pares, representa algum sinal adicional de atenção”, afirmou o diretor.

Segundo Galípolo, o “patamar mais elevado” do câmbio sugere uma desinflação mais lenta ou mais custosa no País. E, segundo o diretor, o debate no BC recentemente se voltou para o comportamento do real, assim como foi sobre o cenário externo, no segundo semestre do ano passado, e sobre a desancoragem das expectativas até agora.

O diretor reforçou, no entanto, que o BC não trabalha com uma “meta de câmbio”. “O câmbio flutuante está aí para absorver mudanças que podem ocorrer de reprecificação, que podem ser provocadas por questões idiossincráticas locais ou por questões estrangeiras, e a gente vai estar sempre olhando se existe algum tipo de disfuncionalidade no mercado de câmbio”, ele disse.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Ex-diretora da Americanas se entrega em Lisboa e deve chegar ao Brasil nesta 2ª


A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali, que chegou a ter a prisão preventiva decretada, se entregou em Lisboa…


A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali, que chegou a ter a prisão preventiva decretada, se entregou em Lisboa…

Economia

BIS alerta para ‘cenário desafiador’, mas vê aumento de juros apenas em caso extremo


O Banco de Compensações Internacionais (BIS) alerta para um cenário ainda “desafiador” na economia global, mas descarta aumento de juros…


O Banco de Compensações Internacionais (BIS) alerta para um cenário ainda “desafiador” na economia global, mas descarta aumento de juros…

Economia

Afluência abaixo da média, La Niña e aversão a risco aquecem preços de energia


O baixo volume de chuvas, a perspectiva de formação do fenômeno La Niña e um mercado com pouca volatilidade nos…


O baixo volume de chuvas, a perspectiva de formação do fenômeno La Niña e um mercado com pouca volatilidade nos…