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03 de julho de 2024

NY e commodities estimulam alta do Ibovespa, após pior semestre, mas fiscal é risco


Por Agência Estado Publicado 01/07/2024 às 11h32
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A alta das bolsas internacionais e das commodities estimula o Ibovespa neste primeiro dia de julho e do semestre, depois de amargar a pior queda semestral em quatro anos. Na sexta-feira, 28, o Índice Bovespa fechou em baixa de 0,32%, aos 123.906,55 pontos. Apesar de ter subido 1,48% no mês, caiu 7,66% de janeiro a junho, tendo o pior desempenho no período em quatro anos.

O principal indicador da B3 tenta recuperar parte da queda de 7,66% no primeiro trimestre estimulado por ações de primeira linha. “Não tem nenhum fundamento. É um movimento natural, sofreu demais”, diz Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.

Com a agenda esvaziada no Brasil, o investidor monitora o noticiário vindo principalmente da política e a nova rodada para cima nas projeções de inflação e de câmbio, mas manutenção nas estimativas para a Selic em 10,50% em 2024, no boletim Focus, divulgado nesta segunda.

No caso do IPCA, a mediana passou de 3,98% para 4,00% ao final de 2024, já 1 ponto porcentual acima do centro da meta, de 3%. Para o IPCA 2025, horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,85% para 3,87%.

Apesar de haver espaço para mais altas do Ibovespa, Glaciano pondera que o movimento nesta manhã não sugere uma tendência, dada a falta de sinal de um reequilíbrio fiscal. “Está tudo muito instável, ainda não tem um posicionamento do governo adequado quanto a cortes de gastos. O mercado tende a continuar muito sensível a eventuais falas ruídos políticos”, avalia.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva afirmou que a reivindicação de autonomia do Banco Central parte do “mercado” e defendeu a prerrogativa dos presidentes da República de indicar os presidentes da instituição.

Com os riscos inflacionários e fiscais ascendentes, a alta do Ibovespa é limitada no avanço dos juros futuros, que refletem além de riscos fiscais no Brasil os rendimentos dos Treasuries. Assim, o exterior também segue no radar, dado que por lá sairão dados que poderão mexer com os preços dos ativos, sobretudo por eventualmente indicar os próximos passos da política monetária em relevantes economias como Estados Unidos e zona do euro.

Ao longo da semana nos EUA, por exemplo, será divulgado o payroll um dia depois do feriado de 4 de julho, que deixará os mercados fechados. Haverá ainda discursos dos presidentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE), além de Roberto Campos Neto, do Brasil, em um fórum em Sintra, em Portugal.

As bolsas europeias sobem após o resultado do primeiro turno das eleições parlamentares da França, com avanço da extrema direita, e dados PMIs. Nesta segunda, a presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa.

A MCM Consultores cita que a diferença menor que a esperada a favor da direita francesa e a possibilidade de união da esquerda com o partido do presidente Emmanuel Macron no segundo turno impactam positivamente os mercados financeiros internacionais.

Após a queda dos mercados de ações norte-americanos na sexta, as bolsas avançam, mas reduziram os ganhos após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos EUA. O indicador subiu de 51,3 em maio para 51,6 em junho, atingindo o maior nível em três meses, segundo dados finais publicados hoje pela S&P Global. O resultado pode atrapalhar as apostas de queda dos juros americanos em setembro.

Já o PMI do Brasil atingiu 52,5 no mês passado, ante 52,1.

Após avanço forte, os juros futuros diminuíam a velocidade. Ainda assim, algumas ações mais sensíveis ao ciclo econômico lideravam as perdas do Ibovespa. MRV e Rede d’Or puxavam as quedas, com recuos de 1,80% e 1,43%, respectivamente.

Já CSN Mineração ON ocupava o primeiro posto das altas, ao avançar 5,01%, na esteira dos ganhos de 2,5% do minério de ferro em Dalian, na China. Assim, Vale tinha elevação de 1,06%. Também refletindo a valorização de cerca de 0,50%, as ações da Petrobras tinham ganhos entre 1,13% (PN) e 1,66% (ON).

Às 11h15 desta segunda, o Ibovespa subia 0,45%, aos 124.462,42 pontos, ante elevação de 0,93%, na máxima aos 125.063,03 pontos, depois de ceder 0,14%, com mínima aos 123.735,19 pontos.

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