Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

31 de julho de 2024

Presidente da Fiesp diz que Campos Neto ‘politiza’ banco Central


Por Agência Estado Publicado 31/07/2024 às 07h20
Ouvir: 00:00

Uma eventual perda da autonomia do Banco Central será culpa exclusiva do presidente do banco, Roberto Campos Neto. A afirmação foi feita nesta terça, 30, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva. O dirigente ressaltou, porém, não acreditar que isso venha a acontecer.

De acordo com Josué, foi o próprio presidente do BC que pediu para ser criticado quando foi votar com a camiseta amarela, cor que representava a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro à reeleição em 2022. “Ele politiza quando aceita ser homenageado (por adversários do governo) estando ainda no cargo de presidente do BC”, disse Josué, referindo-se ao jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em homenagem a Campos Neto, no Palácio dos Bandeirantes, no mês passado.

As declarações de Josué, de certa forma, fazem eco ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde que assumiu seu terceiro mandato critica reiteradamente a conduta de Campos Neto, questionando sua autonomia à frente do BC. O presidente também ataca com frequência o atual patamar de juros no País, que atribui à insensibilidade de Campos Neto, que na sua avaliação atuaria em favor dos interesses do mercado financeiro.

Josué Gomes é filho do ex-senador José Alencar, que foi vice-presidente nos dois primeiros mandatos de Lula, de 2003 a 2010. A exemplo do que Lula faz agora, Alencar, que morreu em 2011, sempre foi um crítico feroz das altas taxas de juros praticadas no Brasil.

Politização do BC

Ainda, de acordo com o presidente da Fiesp, Roberto Campos Neto politiza a atuação do BC quando vai a eventos no exterior e sinaliza que vai aumentar a taxa de juro, “desmontando” o forward guidance (indicação dos passos futuros da política monetária) de forma intempestiva, sem combinar com os demais diretores do banco, a ponto de surpreender um desses executivos, que estava a seu lado.

Para Josué, Lula também “politiza” as questões relacionadas à política monetária quando faz críticas públicas a Campos Neto. Mas ele disse entender a iniciativa de Lula, já que não tem ao seu lado alguém como seu pai, que quando era vice-presidente assumia o papel de debater o juro no Brasil. “Acho que falta um José Alencar do lado do presidente Lula”, disse Josué.

Procurado, o Banco Central não se manifestou sobre as críticas de Josué.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Setor privado dos EUA cria 122 mil empregos em julho


O setor privado dos Estados Unidos criou 122 mil empregos em julho, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quarta-feira,…


O setor privado dos Estados Unidos criou 122 mil empregos em julho, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quarta-feira,…

Economia

Taxas de juros ficam estáveis com dólar alto e alívio nos Treasuries antes de Fed


Os juros futuros operam estáveis na manhã desta quarta-feira, 31, em meio ao alívio dos rendimentos dos Treasuries e alta…


Os juros futuros operam estáveis na manhã desta quarta-feira, 31, em meio ao alívio dos rendimentos dos Treasuries e alta…

Economia

Mastercard supera em lucro e receita no segundo trimestre


A Mastercard teve lucro líquido de US$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024, com alta de 15% na comparação…


A Mastercard teve lucro líquido de US$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024, com alta de 15% na comparação…