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07 de julho de 2024

Sindicato do IBGE convoca mobilização em núcleos estaduais por greve a partir de 12 de julho


Por Agência Estado Publicado 04/07/2024 às 16h45
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O sindicato nacional dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o ASSIBGE-SN, convocou nesta quinta-feira, 4, os trabalhadores a intensificarem a mobilização nas unidades regionais visando a construção de uma greve no órgão a partir do próximo dia 12.

Segundo o sindicato, alguns núcleos estaduais já “iniciaram um processo de operação-padrão em atividades de coleta, o que já demonstra impacto na produção de dados”. A coleta de dados para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que fornece indicadores sobre o mercado de trabalho no País, já teria sido afetada em Goiás.

Além de Goiás, servidores já atuam em modo operação-padrão no Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Roraima e Rio de Janeiro, informou o sindicato. Trabalhadores do Espírito Santo estão programados para aderir ao movimento no próximo dia 8 de julho.

O sindicato já tinha aprovado, em assembleia nacional, um indicativo de greve a partir de 1º de julho, que acabou postergado para o dia 12 de julho, com intenção de dar mais tempo às negociações com o governo acerca das demandas da categoria, que incluem reajuste salarial tanto dos efetivos quanto dos trabalhadores temporários. Diante da decepção dos representantes dos servidores com a nova proposta do governo federal, a orientação agora é de que as regionais aprovem em assembleias estaduais uma greve no instituto a partir de 12 de julho.

Integrantes do sindicato se reuniram com representantes do Ministério de Gestão e Inovação (MGI) no último dia 28 de junho.

“A ASSIBGE-SN, Sindicato que representa os trabalhadores do IBGE, já oficiou o MGI sobre erros contidos na nova proposta, o que impede uma avaliação e posicionamento dos trabalhadores. Segundo os sindicalistas, a nova proposta ainda está distante da demanda dos trabalhadores e, além dos erros evidentes, contém elementos que poderão tornar alguns cargos menos atrativos no Concurso Nacional Unificado (CNU), como é o caso dos Técnicos de Nível Intermediário, que na nova proposta terão salários de ingresso menores do que os anunciados no edital do CNU”, argumentou o sindicato.

A operação-padrão na coleta de indicadores em Goiás, Santa Catarina e Paraná começou no dia 24 de junho. Os trabalhadores do Rio de Janeiro aderiram na última segunda-feira, 1º de julho, e os de Maranhão e Roraima, na terça-feira, 2 de julho. No Espírito Santo, a adesão teria início na segunda-feira que vem, 8 de julho.

“A negociação com o MGI (Ministério de Gestão e Inovação) visando a reestruturação da carreira e a recomposição salarial iniciou em outubro do ano passado, e, segundo o próprio Ministério, teria um desfecho rápido. Diante desse impasse, os trabalhadores mantêm a perspectiva de greve como forma do Ministério atender as demandas e ajustar os itens da proposta final para recomposição salarial dos servidores efetivos e temporários”, justificou a executiva nacional da Assibge, em nota.

Quanto aos trabalhadores temporários, o sindicato aponta que esse tipo de vínculo representa atualmente 60% de toda a força de trabalho do IBGE, sendo que a maioria recebe apenas R$ 1.512,00 mensais.

No último dia 26, o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, disse que sua gestão tem apoiado as reivindicações de reajuste salarial e progressão de carreira apresentadas pelo sindicato de servidores do órgão, mas reconheceu que há preocupação com o cronograma de trabalhos do instituto em caso de paralisação.

“A greve é um instrumento legítimo, previsto na Constituição. Obviamente que nossa preocupação é com o plano de trabalho, com o cronograma de atividades, mas a gente não tem autonomia para tomar decisões nesse sentido (de atender às demandas dos servidores)”, afirmou Pochmann na ocasião, após participação em um evento de divulgação do instituto, no Rio de Janeiro.

“Obviamente que há um problema salarial e temos feito esforços inclusive para poder melhorar. Mas essa questão de carreira, a gente não tem autonomia. Isso depende, na verdade, de uma visão maior, que quem dá a coordenada é a ministra Esther Dweck, do Ministério de Gestão e Inovação”, completou Pochmann.

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