Fotógrafa maringaense ganha destaque na Inglaterra


Por Iasmim Calixto
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Fotógrafa maringaense ganha destaque na Inglaterra | Foto: Helena Baptista/Arquivo pessoal

Helena Baptista, 26, descobriu a paixão pela fotografia há cerca de cinco anos, ainda quando vivia em Maringá e cursava a graduação em ciências biológicas. O ano era 2019 e a jovem, que em breve se tornaria uma artista das lentes, ainda não imaginava o que poderia vir. Ela ouviu de uma amiga que o talento para as fotos deveria ser investido. “As suas fotos são muito lindas, você devia olhar para a fotografia como algo mais que um hobby”, disse.

A partir do conselho da amiga, Helena decidiu, de fato, imergir no mundo da fotografia.

“Eu já compartilhava bastante fotos nas minhas redes sociais, mas depois disso virou uma chavinha na minha cabeça e passei de fato a olhar de outra forma. Na época eu cursava Ciências Biológicas na UEM, mas me sentia muito perdida em relação à minha carreira.”

O primeiro click com um câmera profissional foi também em 2019, em uma das áreas verdes da universidade onde estudava. Ainda não muito habituada com os vários botões do equipamento fotográfico, a jovem Helena registrou sua primeira foto.

“O primeiro click com uma câmera de verdade foi em 2019. Estava na UEM com meu amigo, ele tinha uma câmera e perguntou se eu queria usar e eu disse sim, mas não sabia nem mexer direito… mas resultou na minha primeira foto.”

Foto: Helena Baptista/Arquivo pessoal

Foi sentindo o peso da câmera nas mãos que Helena começou a ficar balançada quanto à fotografia. Em fevereiro de 2020, em um mundo ainda não transformado por uma pandemia, a jovem maringaense deixou a faculdade de lado e mudou-se para a a cidade de Newcastle upon Tyne, na Inglaterra – cidade essa pouco menor que Maringá, por dizer.

Ao chegar na terra da rainha, a jovem trabalhou como Au Pair, morando na casa de uma família inglesa.

“Em 2020 vim morar na Inglaterra, fiz intercâmbio de Au Pair, e foi nesse ano que comecei a investir em equipamentos e me dedicar a fotografia/vídeo. Nesse ponto já sabia que queria que essa fosse minha profissão.”

O sonho de viajar o mundo foi o que motivou a jovem a atravessar o Atlântico. Deixou a família na Cidade Canção e na Europa acabou adotando outra. Passados dois anos de vida nova na Europa, ela perdeu o pai. Helena não pôde despedir-se do velho amigo. Diz ela ser essa sua maior dor.

“Tive muitos desafios desde que me mudei pra cá, mas acho que o pior foi a pandemia (cheguei em fevereiro de 2020). Foi muito desafiador porque eu tinha muito medo e pensava muito em desistir e voltar pro Brasil, mas decidi ficar. E também em 2022, quando perdi meu pai…ele faleceu inesperadamente, então não tive nem tempo nem chance de pensar em voltar para o Brasil e me despedir dele, com certeza foi a coisa mais dolorosa que já passei na vida.”

Contudo, apesar dos desafios, perdas e dificuldades, a fotógrafa que se encontrou no mundo das imagens ainda em Maringá, se concretizou como uma grande profissional no velho continente.

Fotógrafa maringaense ganha destaque na Inglaterra | Foto: Helena Baptista/Arquivo pessoal

Mudou-se de Newcastle para Londres no final de 2021 e foi lá que, conciliando o emprego de Au Pair com a foto, conseguiu se estabelecer na profissão que almejava e hoje dedica boa parte dos seus dias à arte criada pelo francês Joseph Niépce, ainda no século XIX.

“Hoje em dia ainda preciso conciliar meus dois trabalhos, mas desde 2022 tenho feito muita coisa relacionada à fotografia. Já fiz muitos ensaios de pessoas, de eventos, casamentos…mas o que sempre me pegou muito na fotografia, é a streetphotography, ou fotografia urbana. Dedico a maior parte do meu tempo pra isso porque é o que eu amo, especialmente em Londres que tem uma vibe muito incrível! Também tenho feito alguns trabalhos como videomaker. Também já fiz trabalhos com drone, onde tive que viajar e filmar lugares específicos”.

Foto: Helena Baptista/Arquivo pessoal

Desde que se estabeleceu na Inglaterra, Helena pôde perceber seus sonhos sendo concretizados. Para ela, a parte mais satisfatória da vida até aqui.

“As melhores coisas foram perceber os meus sonhos acontecendo aqui. Foi um processo muito lindo, eu me encontrei e evoluí muito como pessoa, conheci muita gente incrível (inclusive meu namorado, que também é brasileiro e mora aqui há cinco anos) e também todos os lugares que tive a chance de conhecer.”

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