Morte de Silvio Santos motiva cobertura histórica na Globo, em clima de tributo e respeito


Por Agência Estado

A morte de Silvio Santos mexeu com a TV brasileira. Não apenas pelo impacto da perda de um dos maiores comunicadores da história do Brasil, como também pela mudança em suas grades. A Globo, que já foi a maior rival do SBT de Silvio, hoje, leva ao ar uma programação histórica em sua homenagem.

O Jornal Hoje foi estendido (e praticamente monotemático) apresentado por Zileide Silva e Alan Severiano, seguido por Renata Vasconcellos e César Tralli, no cenário do Jornal Nacional, interagindo com nomes importantes da TV contemporânea explicando a importância do comunicador.

Um Globo Repórter Especial, mesmo fora do dia de exibição, foi anunciado para depois da novela Renascer ainda neste sábado, 17. Gravado, o Caldeirão Com Mion também trouxe uma emocionada homenagem de Marcos Mion, que já declarou ter em Silvio uma referência (afinal, ele costuma imitá-lo no ar por diversas ocasiões, desde os tempos de MTV).

A emissora, até o momento, conseguiu cumprir bem a função de prestar uma homenagem até em certo clima de alto astral, mas sem ser desrespeitosa. Nas horas iniciais, inclusive, teve uma diferença em relação ao SBT: deu mais voz ao apresentador.

O canal de Silvio, além de ter demorado quase 1h30 para noticiar a perda de seu maior nome, também parece ter optado por dar mais espaço às falas de quem fica do que de quem vai. Apesar das muitas imagens de arquivo, pouco se ouviu de declarações antigas ou falas marcantes de Silvio entre as lembranças.

Talvez, a pedido do próprio, que, segundo a família, “pediu para que não explorássemos a sua passagem”. “Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu”, afirmaram os Abravanel, em carta aberta divulgada mais cedo, ao justificar a ausência de um velório aberto ao público.

Na Globo, entre os nomes ouvidos, alguns da casa como Eliana, Serginho Groisman, Angélica, Luciano Huck, Ana Maria Braga e Fabio Porchat, mas também outros da concorrência, como Raul Gil e Cristina Rocha. Algumas entrevistas e músicas de Silvio também ganharam espaço na tela em meio a tudo.

Sorrisos ao lembrar de Silvio Santos

Zileide Silva e Alan Severiano, que comandaram o Jornal Hoje, por exemplo, sorriram em diversos momentos ao lembrar de histórias bem-humoradas do apresentador. “Quem nunca riu da risada do Silvio Santos? Sempre tinha graça, mas, se não tivesse, a gente também dava risada”, disse Alan.

Zileide relembrou os tempos em que trabalhou na sede do SBT na Vila Guilherme. Numa das histórias, relatou o bom humor do apresentador quando teve seu carro socorrido por um caminhão cegonha: “Todo mundo preocupado, tenso, e ele rindo, se divertia!”

Outras histórias curiosas também surgiram. Porchat relembrou da ocasião em que Silvio Santos leu uma de suas colunas no Estadão – e realizou diversos de seus sonhos quando foi ao SBT (clique aqui para entender). Já Luciano Huck destacou: “Na televisão, sempre foi muito verdadeiro. Da última vez que falei com ele, me recebeu de pijamas e pantufa na casa dele”.

De helicóptero, imagens da antiga e da atual sede do SBT – esta, com destaque à bandeira a meio mastro. Repórteres espalhados em pontos que retratavam a trajetória do apresentador: no Rio de Janeiro, a região onde nasceu, na Lapa. Em São Paulo, a rua em frente à casa de Silvio, o local onde ficava o teatro Silvio Santos e o hospital Albert Einstein, onde passou seus últimos dias.

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