Com 464 atletas, o Time Brasil inicia neste sábado sua participação nos Jogos Sul-Americanos de Assunção em busca da retomada da hegemonia no esporte da região. Segundo colocado no quadro de medalhas em 2018, a delegação brasileira aposta agora em medalhistas olímpicos e em uma nova geração de atletas para retornar ao topo.
Ao todo, a delegação brasileira contará com oito medalhistas olímpicos – Felipe Wu (tiro esportivo), Bárbara Seixas (vôlei de praia), Arthur Nory e Arthur Zanetti (ginástica artística), Erlon Souza (canoagem velocidade), Ana Marcela Cunha (águas abertas), Abner Teixeira (boxe) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), que subiu ao pódio nas duas últimas edições de Jogos Olímpicos. Além deles, há outros 15 atletas medalhistas em Mundiais.
Mas nem só de “veteranos” é formado o grupo. Laura Silva, do squash, e Hussein Daurich, do tiro esportivo, vão para a competição no Paraguai com apenas 14 anos. E há ainda outros destaques recentes de competições juvenis ou mesmo adultas.
“Temos um Time Brasil bem mesclado, tanto com jovens que vão viver a primeira experiência em uma missão do COB com atletas adultos – mas que chegam para brigar por um lugar no pódio – quanto outros bastante experientes, medalhistas olímpicos”, explica Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB). “Acredito muito que essa convivência entre os atletas contribui para a evolução e para a melhoria no processo de renovação.”
Em ordem de grandeza, os Jogos Sul-Americanos ficam atrás do Pan, mas ainda assim a competição é tratada com muita seriedade pelo COB. O comitê transportou mais de três mil itens para o Paraguai, despachados em três carretas, um caminhão de oito metros, um carro com reboque para os barcos de remo, um caminhão para os barcos de canoagem slalom e dois caminhões com os cavalos do hipismo, além de um serviço cargueiro para a munição do tiro esportivo.
“Eles serão o primeiro evento esportivo para alguns atletas, o que é importante para entenderem como funcionam jogos multiesportivos. É uma primeira experiência de contato com todos os serviços do COB em uma missão”, diz Wilson.
“Para os atletas mais experientes, é o primeiro degrau numa escalada, que passa ainda pelo Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, até o foco principal, que são os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Em relação ao COB, o objetivo é sempre evoluir, tanto na quantidade, quanto na qualidade de medalhas. É o que o comitê busca em todas as suas missões”, garante o diretor.
Esta, aliás, também será a primeira grande competição com Ney Wilson à frente do Alto Rendimento. Em março, o comitê demitiu Jorge Bichara, que estava na função desde o início do ciclo para os Jogos de Tóquio.
Segundo colocado no quadro geral de medalhas nos Jogos de Cochabamba-2018, quando ficou atrás da Colômbia, o Time Brasil mira agora retomar o topo. “Todas as 45 modalidades em que o Brasil terá atletas inscritos estarão brigando por medalhas. Estamos com uma delegação muito forte e, por isso, não serão surpresas as conquistas que teremos”, assegura Ney Wilson.