Miguel Hidalgo fica em 10º no triatlo, melhor resultado do Brasil na modalidade em Olimpíadas


Por Agência Estado

Miguel Hidalgo conseguiu o melhor resultado do triatlo brasileiro na história olímpica ao terminar em 10º lugar nos Jogos de Paris-2024 nesta quarta-feira. A prova do triatlo na França aconteceu após ter sido adiada por causa da qualidade da água do rio Sena.

Apesar do resultado histórico, superando o 11º posto de Sandra Soldan nos Jogos de Sydney-2000, na estreia do triatlo no programa olímpico, o atleta de 23 anos se disse decepcionado com o desempenho. “Sou um cara que corro para ganhar. No final eu sabia que estava lutando pelo top 10, mas sei lá. Estou decepcionado”, afirmou Hidalgo à TV Globo.

O britânico Alex Yee ficou com o ouro com 1h43min33s. A prata foi do australiano Hayden Wilde, que liderou boa parte da corrida, mas foi superado no final e chegou seis segundo atrás do campeão. O bronze ficou com o francês Leo Bergere, com 1h43min43s.

Hidalgo, que completou a prova em 1h44min27s, teve um resultado adverso na natação, quando terminou em 23º. Na transição, ele sofreu ainda mais e acabou saindo para o ciclismo em 27º. Entretanto, Hidalgo conseguiu uma bela escalada até a quinta posição durante os 40 km de pedal.

O atleta perdeu posições na transição, mas novamente conseguiu a recuperação. Ele chegou à quinta colocação, a apenas três segundos do terceiro lugar, mas cedeu posições na volta final da corrida até segurar o 10º lugar. Outro brasileiro na disputa, Manoel Messias terminou em 45º.

“Fiz tudo o que pude na preparação. Foi o suficiente para ser 10º, tirei tudo do meu corpo hoje”, afirmou ele. “Vou ganhar um dia, mas vai ter que ser daqui quatro anos.”

Mais cedo, Djenyfer Arnold e Vittoria Lopes representaram Brasil na prova feminina. Djenyfer terminou na 20ª posição, enquanto Vittoria Lopes fechou em 25º. Vittoria teve seu desempenho prejudicado por uma queda durante a etapa do ciclismo.

A campeã olímpica foi a francesa Cassandre Beaugrand, com 1h54min55s. A medalha de prata ficou com a suíça Julie Derron, e o bronze, com Beth Potter, da Grã-Bretanha.

O Brasil teria mais uma representante, Luisa Baptista. A atleta, porém, ficou fora após ser atingida por uma motocicleta enquanto treinava, em São Carlos (SP), no final do ano passado. Luisa chegou a ficar internada por meses na UTI, até ter recebido alta em abril deste ano. Ela acompanhou os colegas nesta terça-feira, em Paris.

Os triatletas brasileiros voltam a competir no revezamento misto, marcado para segunda-feira.

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