Pepê disputa a canoa em Paris-2024 além do caiaque, sua especialidade, para ‘conhecer a pista’


Por Agência Estado

Principal nome da canoagem slalom brasileira, Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, mudou sua programação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 e acrescentou em sua agenda a prova do C1 (canoa). Especialista no caiaque (k1), o atleta revelou a novidade após acordo com a comissão técnica, como estratégia para conhecer a pista antes dos concorrentes.

“A gente analisou muito, eu e equipe técnica. Cheguei a pedir conselhos a amigos da canoagem, entre eles um checo campeão olímpico aposentado. Todos falaram que era uma oportunidade nas mãos que ninguém está tendo, que é a de conhecer a pista antes de todo mundo, remar mais que todo mundo no canal. Vou poder entrar no canal duas vezes mais que meus concorrentes”, explicou Pepê.

Pepê e Ana Sátila Vargas, representante feminina do Brasil, tiveram neste domingo as primeiras impressões da pista na qual competirão as provas olímpicas da canoagem slalom. Ambos realizaram o primeiro treino oficial na subsede da canoagem, localizada na comuna de Vaires-sur-Marne, a 25km da capital francesa, e aprovaram o local.

“Além disso, seriam três dias que eu ficaria parado por conta da competição de C1. Encaro como algo bom que surgiu e temos de aproveitar. Lógico que minha energia e meu 100% vão todos para o K1 e esse fato de remar o C1 é uma forma de entrar mais cedo na atmosfera da competição”, frisou.

Confiante em grande resultado no K1 e no caiaque cross, prova mais recente da canoagem slalom e que estreia no programa olímpico, Pepê celebra a forte preparação.

“Fizemos uma preparação fantástica. O COB e a Confederação proporcionaram para a gente várias vindas para cá de duas, três semanas, um mês. Então estamos mais preparados do que nunca com o melhor treinador, com a melhor equipe técnica, com a estrutura que temos no Rio também”, afirmou Pepê, de 31 anos.

“O percurso não é tão difícil, ele nos permitiu nos acostumarmos muito rápido. Desde a primeira semana que vim para cá já me senti em casa”, disse. “Remamos no frio, com condições ruins, chuva, vento. Agora é calor, água quente, essa atmosfera linda, tem tudo para dar certo. Vamos para os ajustes finais e ir para cima em busca de uma medalha.”

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