Simone Biles não descarta os Jogos de 2028 após brilhar em Paris-2024: ‘Nunca diga nunca’


Por Agência Estado

Minutos depois de a estrela americana da ginástica artística Simone Biles conquistar mais um ouro em sua vitoriosa carreira nos Jogos de Paris-2024, uma sensação de que essa historia pode continuar por mais um ciclo olímpico ficou no ar. A possibilidade ficou em aberto após uma mudança de discurso da atleta que admite disputar a próxima Olimpíada em Los Angeles.

“Nunca diga nunca”, observou Biles. “Os próximos Jogos Olímpicos serão em casa. Nunca se sabe. Já estou ficando velha.” Biles teve média de 15.300 pontos para vencer o evento pela segunda vez, oito anos depois de fazê-lo no Rio de Janeiro.

Embora Biles tenha indicado que deixará de realizar o “pique duplo de Yurchenko”, a pirueta que é sua marca registrada – ela disse que “meio que acertei” nos Jogos de Paris. Assim, um retorno a um evento olímpico em 2028, ainda mais nos Estados Unidos, ganha boas chances de acontecer.

A brasileira Rebeca Andrade, que desafiou Biles na final geral na última quinta-feira, ficou com a medalha de prata, à frente da americana Jade Carey, dona do bronze. Biles é a segunda mulher a ser coroada duas vezes no cavalo. A outra foi Vera Casalavska, que encadeou os títulos em 1964 e 1968.

A vitória deixou a americana com um total de 10 medalhas olímpicas na carreira, empatada em terceiro lugar na história da ginástica feminina. Ela também aumentou seu número de medalhas nas principais competições internacionais para 40, o maior número conquistado por uma ginasta. Biles pode aumentar esse total na próxima segunda-feira se terminar entre os três primeiros na trave e nos exercícios de solo.

A multidão que lotou a Bercy Arena explodiu em aplausos quando Simone Biles foi anunciada. Vestida com malha vermelha, a americana fez uma nova atuação inesquecível naquela que pode ser a última competição de salto de sua carreira.

Ela executou seu “pique duplo Yurchenko” depois de correr em direção ao trampolim, fazendo duas voltas para trás na posição com as mãos atrás dos joelhos. Ele pousou com grande quique, graças à energia que gera, e com o pé direito na linha que delimita a área.

Os juízes deduziram um ponto por isso. Sua pontuação de 15.700 significou que ela só precisava evitar uma catástrofe em sua segunda tentativa de conquistar a vitória. Em vez disso, ela executou um Cheng, que exige uma cambalhota em direção ao trampolim, meia volta em direção ao rack e, em seguida, uma volta e meia e uma volta em direção à frente.

A pontuação de 14.900 pontos significou que as oito mulheres restantes deveriam buscar, no máximo, a prata. A brasileira Andrade, campeã do evento em Tóquio, apresentou dois excelentes saltos para ficar em segundo lugar e conquistar sua terceira medalha nos jogos, após conquistar a prata no programa completo e o bronze por equipes. A média de Andrade de 14,966 ficou bem acima dos demais concorrentes.

Carey, que tropeçou na final do salto em Tóquio e terminou em oitavo, conquistou sua terceira medalha olímpica, somando-se ao solo que conquistou em Tóquio e ao ouro por equipe com Biles na última terça-feira.

Sair da versão mobile