Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

01 de julho de 2024

Adélia Prado ganha o Prêmio Camões menos de uma semana depois de ganhar o Machado de Assis


Por Agência Estado Publicado 26/06/2024 às 16h48
Ouvir: 00:00

A poetisa e escritora mineira Adélia Prado foi anunciada nesta quarta-feira, 26, como a vencedora do Prêmio Camões 2024 – o mais importante reconhecimento da literatura em língua portuguesa.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura de Portugal. Além do reconhecimento, ela recebe uma premiação de 100 mil euros.

Na semana passada, a artista de 88 anos também foi laureada com o Prêmio Machado de Assis 2024, a maior honraria da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Adélia Prado nasceu em 1935, na cidade de Divinópolis, em Minas Gerais. A região de pouco mais de 200 mil habitantes teve influência direta na obra da autora, conhecida por recorrer a temas do cotidiano em seus livros.

Antes de se dedicar integralmente à literatura, Adélia exerceu o magistério por 24 anos. Ela é considerada a maior poetisa viva do Brasil. Sua obra, associada ao Modernismo, é marcada pela sensibilidade para questões existenciais, combinando misticismo e cotidiano.

Seu primeiro trabalho de poesias, Bagagem, foi publicado em 1976 e aclamado por Carlos Drummond de Andrade. O livro se destacou por fazer uso do lirismo e da ironia. O lançamento no Rio de Janeiro contou com a presença de nomes como Antônio Houaiss, Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek e Affonso Romano de SantAnna.

Em 1978, ela ganhou o Prêmio Jabuti pelo livro O Coração Disparado, cujo tema central é a religiosidade. A obra consagrou Adélia como a voz feminina mais poderosa da poesia brasileira.

Em 1979, ele estreou em prosa com Soltem os cachorros, que fala sobre amor, relacionamentos, vida e morte.

Em 1980, ela dirigiu o grupo teatral amador Cara e Coragem na montagem de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. No ano seguinte, também sob sua direção, o grupo encenaria A Invasão, de Dias Gomes.

De 1983 a 1988, Adélia exerceu as funções de Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis.

Em 2014, Adélia venceu o Prêmio Griffin, no Canadá, considerado um dos principais reconhecimentos da literatura no mundo.

Dentre outros trabalhos de destaque da autora estão Terra de Santa Cruz, O Homem da Mão Seca e O Pelicano.

A mais nova vencedora do Camões prepara um novo livro para ser lançado em breve, com título provisório de Jardim das Oliveiras, uma referência ao lugar onde, segundo a tradição cristã, Jesus rezou na véspera da crucificação.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

GMC+

Pai de MC Gui diz que é ‘dono’ do hit ‘Bum Bum Tam Tam’ e MC Fioti reage; veja


O sucesso internacional de 2017, Bum Bum Tam Tam, continua gerando controvérsias, desta vez envolvendo MC Fioti, MC Gui, o…


O sucesso internacional de 2017, Bum Bum Tam Tam, continua gerando controvérsias, desta vez envolvendo MC Fioti, MC Gui, o…

GMC+

Ex-mulher de Tim Maia diz que único herdeiro não é filho legítimo do cantor


A disputa pela herança do cantor Tim Maia, que morreu em 1998 aos 55 anos, pode ganhar um novo capítulo….


A disputa pela herança do cantor Tim Maia, que morreu em 1998 aos 55 anos, pode ganhar um novo capítulo….