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18 de maio de 2024

Brasil vive uma guerra civil


Por Gilson Aguiar Publicado 20/02/2020 às 13h14 Atualizado 23/02/2023 às 23h42
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O Senador Cid Gomes foi baleado. Na tentava invadir com um trator um quartel da Polícia Militar em Sobral, no Ceará. Foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O ato do representante público é tosco. Uma violência excessiva e desnecessária, recebeu o mesmo em troca, tiros.

A violência no Brasil é uma constante. Vivemos uma guerra civil silenciosa. Há, propagado pelo país, uma onda de violência que demonstra a ausência do Estado em regiões onde o crime organizado predomina. O aparato de segurança público é mais um agente neste caos instalado.

Quando vamos aprender que prevenir é melhor que remediar? Não adianta apostarmos na agressão como resposta constante a violência. Temos que intervir em regiões periféricas, de risco, e instalar condições de civilidade. Darmos assistência a saúde, educação e promoção de crescimento econômico. Enquanto isso não acontecer, a violência permanecerá.

Nesta guerra permanente não há lados que tenham uma proposta de paz, apenas agentes que se alimentam da guerra. O crime organizado tem se aprimorado e preparado formas de ação cada vez mais intensas e extensas. Arregimentando um grande número de pessoas nas áreas de risco.

O poder público tem usado de ações ineficazes de médio e longo prazo. O tempo tem passado e o ambiente de antagonismos cresce constantemente. As políticas públicas que se considera necessárias para gerar possibilidades e humanização não ocorrem. Os policiais morrem por uma causa perdida ou mesmo sem propósito nenhum.

A população conclama por viaturas, policiais e quer força para repreensão. Isto não vai resolver o problema sem um ambiente de solução permanente ou, pelo menos, duradoura. Se há uma geração de criminosos perdida, não podemos condenar o futuro mantendo ambientes que fazem com que cada vez mais seres humanos optem pela violência.

A sociedade tem uma cadeia complexa de relações. Não pode ser avaliada como uma guerra entre “bandidos” em “mocinhos”. Temos uma cadeia de interesses que movem as pessoas e não gera uma harmonia onde o extermínio é o caminho mais rápido para a sobrevivência.

Esta guerra civil permanente não vai nos levar a lugar nenhum. Apenas vai propagar o medo cada vez mais e custar um preço elevado para todos.

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