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25 de agosto de 2024

Combinações afetivas: CaFé ON reúne diferentes grupos movimentando economia e promovendo laços


Por Brenda Caramaschi Publicado 25/08/2024 às 21h49
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Foram dois dias de evento reunindo na Represa Sendeski, em Iguaraçu, produtores, cafeterias e apreciadores de um bom café. O evento contou com capacitações técnicas, palestras, vendas de produtos e gerou conexões entre todos os elos da cadeia cafeeira da região, movimentando a economia e promovendo diferentes combinações para públicos diversos. Harmonizações gastronômicas, culturais e afetivas que ganharam espaço ao responderem o convite presente no dia a dia: “aceita um café?”.

Café combina com o quê?

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Penne ao molho de cappuccino com espuma de creme de leite e farofa de castanha do Pará criado pelo chef Gerson Peron / Foto: divulgação

Mais de uma dezena de cafeterias estiveram presentes no evento oferecendo degustações e vendendo produtos para acompanhar as bebidas: pães, doces, queijos, embutidos… As harmonizações podiam ser apreciadas ali, na hora. Mas também houve espaço para inovar e surpreender o paladar: que tal um penne ao molho de cappuccino com espuma de creme de leite e farofa de castanha do Pará? Essa foi a receita criada especialmente para o CaFé ON pelo chef Gerson Peron. “É muito comum as pessoas lembrarem do café com alguma sobremesa, como o tiramisu, mas por que não inovar? Criamos um prato salgado para elevar o sentido das pessoas. Café combina com carnes, em molhos, recheios… E nós temos que ser ousados para elevar a cozinha do dia a dia, dar um toque gourmet. Vamos ser criativos! A criatividade vem da cozinha”, convida. 

Léo Oliva é barista, nascido em Petrópolis, na serra fluminense. Foi no Paraná, em Curitiba, que ele se formou em gastronomia e começou a estudar o universo do café. Para além dos muitos sabores possíveis, ele sabe que café também combina com competição: o TNT, atividade que encerrou o CaFé ON neste domingo, 25, é um evento que reúne baristas disputando quem fez os melhores latte art, os desenhos em café com leite. O mais bonito ganha, mas ganhar ou não é o de menos. “Acima da competição, é uma festa e uma confraternização entre os profissionais e quem tem essa paixão pelo café, onde a gente se diverte um pouco”, diz. Para ele, o evento ajudou a levantar a bandeira do café especial, de qualidade, para quem tem mais curiosidade em conhecer esse universo. “É uma forma de aproximar os elos da cadeia. O produtor tá apertando a mão do barista. A gente consegue aproximar esses laços e fazer esse acolhimento”, afirma. 

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Larissa Valone é uma das organizadoras do grupo “A mãe indica”, e diz que o convite para tomar um café, muitas vezes, é tudo o que uma mãe precisa. / Foto: Brenda Caramaschi

E foi para cultivar laços que Larissa Valone marcou o evento na agenda de um grupo de mães que nasceu na internet e promove encontros presenciais. Ela é uma das organizadoras da página “A mãe indica”, que nasceu em Maringá, hoje tem quase 600 mulheres, e está expandindo para outros municípios. Ela diz que o convite para tomar um café é tudo o que muitas mães esperam depois de ganhar seus bebês. “As mães ganham bebês e ficam trancadas dentro de casa, e não se falam. E isso acontece com todo mundo. A mãe nem sempre tem outra amiga mãe também”, diz, explicando a importância de promover encontros em eventos como esse.  

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Para a ceramista Maria Cristina de Souza Moreira, criadora das peças exclusivas do CaFé ON, café combina com beleza. / Foto: Brenda Caramaschi

Maria Cristina de Souza Moreira é ceramista e produziu as peças exclusivas do CaFé ON para serem vendidas durante o evento. Entre xícaras, pires e canecas de diferentes modelos, ela acredita que a beleza agrega ao sabor de qualidade. “A minha família vem de uma tradição cafeeira. Meu pai trabalhou com transporte em uma empresa de café. Trabalhar com o café na cerâmica, para nós é um prazer”, comemora.

Diferentes formas de arte estiveram presentes no evento, inclusive a música. A frente da orquestra de viola Amigos do Jaspion, Vinícius Morimoto diz que não há o que não combine com café e com música. Dezessete violeiros levaram clássicos caipiras para trazer à lembrança as memórias afetivas. “Ao pensar na bebida, eu lembro dos meus avós, de tomar café com eles, das pessoas do campo”, diz.

Dani Cenerini, uma das organizadoras do evento, diz que o evento cumpriu a missão de reunir a região em um resgate histórico da importância do grão e, passada a primeira edição do evento, promete: “2025 nos aguarda com muito mais força”.

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