Maringá amanheceu coberta por uma neblina um tanto diferente nesta quarta-feira (18). Ao olhar no horizonte, era possível observar o nevoeiro, que demorou para se dissipar em alguns locais.
De acordo com o diretor da Defesa Civil de Maringá, Adilson Costa, essa fumaça que se instalou sobre a cidade é resultado das queimadas que têm ocorrido na região e da falta de chuva.
Na tarde desta terça-feira (18), um incêndio destruiu um barracão localizado na PR-317, nas proximidades da Ceasa. No local funciona uma fábrica de borracha, material altamente inflamável.
De acordo com moradores, nesta quarta, em alguns pontos da cidade, era possível sentir o forte cheiro de borracha queimada.
No Parque do Japão, até o início da tarde, a neblina ainda estava presente e muitas pessoas reclamavam do cheiro de fumaça ainda muito intenso.
Somente neste mês, 47 incêndios, sendo 30 em vegetação, foram registrados em Maringá pelo 5º Grupamento de Bombeiros.
Além disso, o inverno de 2019, em Maringá, já é o inverno mais quente dos últimos 20 anos. A informação é do Instituto Meteorológico do Paraná (Simepar), que mede as variáveis climáticas do município desde 1999.
Segundo o Simepar, nesta segunda-feira (16), os termômetros chegaram a 37,8°C, a maior temperatura já registrada durante o inverno nos últimos 20 anos.
Calor e pouca chuva resultam em baixa umidade relativa do ar, ou seja, tempo seco. Nessa segunda-feira (16), a umidade relativa do ar chegou a atingir 17,2% em Maringá, o menor índice do ano, segundo o Simepar.
Até parece brincadeira, mas Maringá está quase com “clima de deserto”, onde a umidade fica em torno de 10% a 15%. O índice registrado na cidade é considerado de estado de emergência, já que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é em torno de 60% – para saber mais sobre esse assunto clique aqui.