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17 de maio de 2024

Entre a arma e o livro?


Por Gilson Aguiar Publicado 11/02/2019 às 10h55 Atualizado 19/02/2023 às 23h42
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Os brasileiros comuns conhecem muito pouco uma coisa ou outra. Ainda mais, quem tende a gostar dos livros tem certo desapego às armas. Já, os que são apaixonados pelas armas, por regra, não frequentam bibliotecas. Assim, entre a arma e o livro, a proposta de “ser humano” é significativamente distinta.

O senso comum acredita que a violência que devemos temer virá dos inimigos externos. Dos quais sempre estamos prontos para receber a agressão. Porém, se olharmos as estatísticas do Mapa da Violência, vamos perceber que a grande maioria dos assassinos e dos assassinados está ligada ao tráfico de drogas.

Matar ou morrer em um país com um déficit de formação humana sempre passa pela lógica da agressão. O extermínio parece à solução eficiente. Mas o que gera o ambiente agressivo nunca é combatido. A melhora das pessoas. Da qualidade intelectual, lógica e de valor social.

O que contribui muito para a deficiência humana são os ambientes de produção cultural, principalmente de massa, com suas retóricas da ignorância. Dividimos o mundo entre os bons e os maus. Nos esquecemos que a maldade e bondade frequentam via de regra todos a existência de todos.

A escolha da arma é o resultado da possibilidade imediata do revide à agressão. Agora, incorporamos o princípio de que isto nos basta. Se tivermos a possibilidade de fazer a “justiça pelas próprias mãos”, faremos. Acreditamos que isso nos aliviará. Tolice, seremos engolidos em um efeito dominó da ação e relação social complexo. Estaremos consolidando com nossos atos a legitimidade do revide na mesma proporção.

Sem o livro, da educação, da formação humana que ele significa, não sairemos mais do ciclo da violência. Não vamos construir um futuro onde as pessoas tenham outro sentido que não alimentar a morte. Quantos exemplos têm de guerras infinitas que geram gerações de agressores cujo sentido de viver é ter um inimigo para exterminar.

Não podemos transformar a guerra em “lar”, mas o livro em um bom conselheiro para nos tirar do instinto que se alimenta no ódio de extermínios.

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