Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

27 de julho de 2024

Agência europeia veta comercialização de novo medicamento para tratamento de Alzheimer; entenda


Por Agência Estado Publicado 27/07/2024 às 18h05
Ouvir: 00:00

O Comitê de Medicamentos para Uso Humano, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), desaprovou a comercialização do Leqembi, remédio usado para o tratamento do Alzheimer detectado de forma precoce.

De acordo com o órgão, preocupações sobre os potenciais efeitos colaterais da droga, desenvolvida pela empresa norte-americana Biogen em parceria com o laboratório japonês Eisai, superam o impacto que ele tem em desacelerar a doença que atinge as funções do cérebro.

A decisão da agência europeia fez as ações da Biogen, sediada em Cambridge, Massachusetts, despencarem na última sexta-feira, 26.

Em nota, os responsáveis pelo tratamento afirmaram desapontamento com a desaprovação e dizem que vão reavaliar o parecer do comitê para conseguir comercializar o medicamento para pacientes elegíveis da União Europeia.

“Estamos extremamente decepcionados com a opinião negativa do CHMP (sigla em inglês para Comitê de Medicamentos para Uso Humano) e entendemos que isso também pode ser decepcionante para a comunidade mais ampla da doença de Alzheimer (A DA é uma doença neurodegenerativa irreversível que representa desafios significativos para aqueles que vivem com a doença, seus parceiros de cuidados e a sociedade”, disse Lynn Kramer, diretor clínico da Eisai, por meio de nota assinada em conjunto com a Biogen.

Segundo os desenvolvedores do tratamento, o Alzheimer afeta atualmente 6,9 milhões de pessoas na Europa e espera-se que este número quase duplique até 2050, à medida que a população idosa aumenta.

“A Eisai buscará reexaminar o parecer do comitê e trabalhará com as autoridades relevantes para garantir que este tratamento esteja disponível para pessoas elegíveis que vivem com doença de Alzheimer precoce na União Europeia o mais rápido possível”, completou a nota.

Outros países já aprovaram o uso do Leqembi

O comitê da agência recomendou 14 novos medicamentos para aprovação em sua reunião de julho. Leqembi foi o único a receber uma opinião negativa. Antes de ser barrado na Europa, o tratamento já havia recebido aprovação nos Estados Unidos, Japão, China, Coreia do Sul, Hong Kong e Israel.

No ano passado, Leqembi teve aval total da Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês). No início deste mês, a FDA também aprovou outro medicamento que segue uma abordagem semelhante, o Kisunla da Eli Lilly.

Funcionamento do Leqembi e efeitos colaterais

A ação do Leqembi consiste em eliminar uma placa cerebral pegajosa ligada à doença. Um estudo amplo mostrou que o remédio desacelerou o declínio de memória e pensamento por vários meses naqueles que receberam o medicamento em comparação com aqueles que receberam um medicamento fictício.

A droga, no entanto, também pode causar inchaço cerebral e sangramento, efeitos colaterais que podem ser perigosos.

Queda nas ações

As ações da Biogen caíram mais de 4%, para US$ 216,82, logo após a abertura dos mercados na sexta-feira, e as ações da Lilly caíram 1%. Phil Nadeau, analista do banco de investimentos TD Cowen, disse em nota que ficou surpreso e decepcionado com a decisão do comitê.

Ele afirmou, porém, que a reprovação ao Leqembi não afeta suas estimativas de vendas por considerar que qualquer lançamento europeu “seria muito lento à medida que o reembolso fosse negociado e a complicada logística de diagnóstico e de tratamento fosse resolvida”.(Com AP)

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Sem avisar usuários, X mudou configurações de uso de dados para treinar IA


Sem nenhum tipo de alerta, o X começou a usar dados de usuários para o treinamento da nova inteligência artificial…


Sem nenhum tipo de alerta, o X começou a usar dados de usuários para o treinamento da nova inteligência artificial…

Geral

Google tenta evitar alucinações de suas IAs com novas medidas; veja o que mudou


O Google anunciou nesta semana atualizações do Gemini, sua inteligência artificial mais poderosa. As mudanças foram implementadas na versão Flash…


O Google anunciou nesta semana atualizações do Gemini, sua inteligência artificial mais poderosa. As mudanças foram implementadas na versão Flash…

Geral

Incêndio atinge sede do Conselho Federal da OAB em Brasília e 5 pessoas são resgatadas


Um incêndio atingiu o prédio onde funciona a sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), em…


Um incêndio atingiu o prédio onde funciona a sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), em…