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16 de maio de 2024

Jipe Troller ganha som moderno, mas continua com o pé na lama


Por Eduardo Sodré/Folhapress Publicado 17/10/2018 às 13h48 Atualizado 18/02/2023 às 15h30
 Tempo de leitura estimado: 00:00

“É pesado, mas tem que ser assim mesmo”, diz Rogério Maues, supervisor de vendas da Troller, enquanto rebate o banco do motorista e libera acesso ao assento traseiro do utilitário T4.

O jipe custa R$ 133,7 mil na linha 2019 e traz uma nova central multimídia da marca JBL, com tela sensível ao toque e conexão sem fio com smartphones. Logo abaixo do visor estão os comandos digitais do ar-condicionado, com zonas independentes de temperatura para motorista e passageiro.

O luxo para por aí. O Troller é rústico, como já demonstrado pela pesada alavanca de rebatimento do banco.

Maues explica que a estrutura do assento precisa ser forte o suficiente para acomodar a ancoragem do cinto de segurança e permanecer firme mesmo se o carro estiver de lado em uma trilha. O Troller se move sem tombar em uma inclinação de até 40 graus.

Após erguer o banco, é possível acessar a segunda fila. Há muito espaço para as pernas, mais do que o encontrado em um sedã médio. Porém, não há porta-copos ou outras amenidades.

A razão de existir do Troller é sua capacidade de transpor obstáculos inimagináveis para os SUVs de luxo que estão por toda a parte. O T4 é essencialmente um jipe 4X4, fato comprovado pelo trecho off-road preparado pela fabricante.

Áreas alagadas são transpostas sem dificuldade. Se tiverem menos de 80 cm de profundidade, nem é preciso instalar o snorkel, vendido como acessório na rede de 19 concessionárias.

Também dá para transpor aclives com até 45 graus acionando o sistema de tração nas quatro rodas com caixa de redução. Tudo isso, claro, utilizando pneus adequados para trechos fora de estrada.

Em uma boa rodovia na cidade de Cabreúva (a 89 km de São Paulo), fora do roteiro de teste original, o jipe cearense mostra que se vira bem no asfalto. A posição de dirigir é semelhante a de utilitários de luxo, relaxada.

Embora a alavanca do câmbio manual de seis marchas tenha engates um tanto duros -precisa ser robusta para suportar a tremedeira na terra-, o pedal de embreagem é leve.

O som do motor a diesel de 200 cv acompanha o motorista todo o tempo, para lembrar que se trata de um veículo de duas toneladas pensado para o mau caminho, bem diferente dos jipinhos urbanos da moda.

A onda aventureira, contudo, não prejudica a Troller. Rogério Maues diz que o interesse por utilitários fez a Troller ter um pico de emplacamentos em 2015, quando o mercado automotivo passava por um momento ruim.

O supervisor de vendas afirma que muitos dos compradores haviam pegado o gosto pelos utilitários esportivos e queriam um carro com mais capacidade off-road. O Troller tornou-se uma opção.
A marca pertence à Ford desde 2007. A produção continua na cidade de Horizonte (CE), em uma linha de montagem modernizada em 2014.

A carroceria é feita de um compósito plástico de alta resistência, mas maleável. Para provar isso, Maues sobe em um Troller estacionado e dá uns pulinhos.

Ele explica que, por vezes, é necessário subir no veículo durante uma trilha, seja para enxergar mais adiante, fazer peso em um dos lados ou executar movimentos que, por meio do balanço, ajudem a superar trechos muito difíceis.

No entanto, a robustez não vem acompanhada de importantes itens de segurança. O Troller T4 se enquadra em uma categoria de veículo fora de estrada em que os airbags frontais são dispensáveis.

Além de oferecer menos proteção, a falta da bolsas que se inflam em caso de acidente impede que o carro seja exportado para mercados com exigências mais rígidas.

A solução desse problema é esperada para o Salão do automóvel de São Paulo, em novembro. A Troller vai mostrar o conceito TX4 no evento, que antecipa futuras melhorias no utilitário.

Caso os airbags sejam incluídos no T4, as possibilidades de exportação se ampliam e o jipe cearense poderá ser visto nas trilhas dos Estados Unidos.

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