Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

07 de julho de 2024

Mais oito corpos são encontrados em comunidade Yanomami em Roraima


Por Agência Estado Publicado 02/05/2023 às 21h17
Ouvir: 00:00

Mais oito corpos foram encontrados na comunidade Uxiú, nas terras indígenas Yanomami, em Roraima, onde no último sábado, 29, garimpeiros assassinaram um indígena e balearam outros dois.

A Polícia Federal (PF) investiga a circunstância das mortes. A corporação não informou se os corpos são ou não de indígenas.

Policiais estão na região fazendo perícias. Os corpos ainda não foram retirados do local. O próximo passo é a transferência para os exames médico-legais.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou nesta segunda, 1º, uma reunião interministerial para traçar ações emergenciais e concluir a retirada dos garimpeiros das comunidades Yanomami. O trabalho teve início em fevereiro na Operação Libertação. O foco nesta fase tem sido o trabalho de inteligência.

A preocupação é garantir uma desocupação pacífica. O governo estima que cerca de 75% dos garimpeiros já deixaram os territórios indígenas, mas uma parcela vêm resistindo, inclusive com violência, em obedecer a orientação de saída voluntária. 330 pontos de garimpo foram desmobilizados até o momento, segundo o governo.

“A nossa preocupação é que tudo aconteça da forma mais pacífica possível. A gente não está, de forma algum, incentivando esses conflitos. A gente quer amenizar essa situação. Nós não queremos derramamento de sangue”, disse mais cedo a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, em coletiva de imprensa.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se manifestou sobre a situação. Ela afirmou que a abordagem do governo tem sido ‘humanitária’, mas defendeu a responsabilização dos garimpeiros que investiram contra as comunidades indígenas e dos financiadores dessas ações.

“São os garimpeiros que criaram um problema social, ambiental e de destruição de um povo, de uma etnia. As crateras que estão abertas, a insistência em permanecer, mesmo com todos os esforços para o convencimento da saída pacífica é uma demonstração de que existem forças muito poderosas economicamente por trás dessa ação criminosa”, criticou.

Uma comitiva formada por representantes dos ministérios dos Povos Indígenas, do Meio Ambiente, da Justiça, da Saúde, da Defesa e dos Direitos Humanos está em Roraima acompanhando a situação.

Mortes

Os dois indígenas que sobreviveram após serem baleados no último sábado na comunidade Uxiú passaram por cirurgias e seguem internados no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. O Ministério da Saúde e o Governo de Roraima confirmaram que eles não correm risco de morte. Já Ilson Xirixana, que atuava como agente de saúde indígena, não resistiu aos ferimentos.

No dia seguinte, quatro homens foram mortos por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A corporação afirma que os assassinatos aconteceram durante um confronto. Policiais e servidores do Ibama teriam sido atacados em uma expedição para fiscalização de pontos de garimpo ilegal.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou ter encontrado indícios ‘muito fortes’ de que alguns pontos de garimpo são mantidos com apoio de organizações criminosas. Um dos mortos no confronto com a PRF teria envolvimento com o crime organizado.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Montanhista brasileiro desaparecido no Peru teria caído em fenda no gelo


Uma equipe de montanhistas encontrou neste sábado, 6, indícios de que o montanhista brasileiro Marcelo Delvaux, de 55 anos, desaparecido…


Uma equipe de montanhistas encontrou neste sábado, 6, indícios de que o montanhista brasileiro Marcelo Delvaux, de 55 anos, desaparecido…