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14 de maio de 2024

Oito minutos


Por Elton Tada / Passeio Publicado 13/07/2020 às 06h01 Atualizado 24/02/2023 às 18h46
 Tempo de leitura estimado: 00:00
fonte: Pixabay

O meio do ano chegou muito rápido e daqui a pouco estaremos ouvindo a mesma voz da mesma Simone cantando que então é natal e esperando que façamos alguma coisa a respeito. A passagem do tempo é mesmo uma de nossas ilusões fundamentais. Sem ela não perceberíamos a presença e a ausência que a vida traz e leva, o gosto e o desgosto de viver sempre no presente enquanto a vida segue diariamente passando. 

Já estamos no mês sete e talvez você, assim como eu, sustente a melindrosa sensação de que ainda fez nada de importante desde que nasceu. A questão é que talvez seja verdade e talvez esteja tudo bem. Não tenho certeza. Aliás, se tem uma coisa que eu não tenho nessa vida é certeza. E tudo bem! Afinal de contas, meu papel aqui é ser humano, e os humanos são como dust in the wind, qual piuma al viento. 

De natal em natal nós vamos vivendo como dá. E, um dia, feliz ou infelizmente eu vou morrer. Você também. A terra vai morrer, e o sol vai deixar de brilhar e toda matéria será condensada e talvez aconteça uma nova explosão e outros mundos e outras civilizações. Lá talvez não exista natal, nem Simone, nem mês sete, nem eu, nem você. Mesmo lá será difícil surgir algum político tão ruim quanto o atual presidente do Brasil. Faz parte do nosso assim chamado destino? Não sei. Insisto em não saber. 

O que sei é que não é o tempo que passa, quem passa é a vida. E nós estamos passando, e, como diria o poeta, talvez um dia os escafandristas encontrem alguma prova dos nossos amores, ou uma recordação dos amores que nunca vivemos, e que apesar de não termos vivido, passaram, pois amor é vida e vida passa.

Eu realmente espero que você esteja bem. Apesar de todos os pesares possíveis. Apesar de terem normalizado as mortes como se as vidas fossem números, mas não são, pois números são sempre números, fixos, rígidos, minerais. E eu acho que você está bem, pois todos os dias um pouco de luz sai do sol e viaja por mais ou menos oito minutos, cortando cento e cinquenta milhões de quilômetros só para tocar sua pele enquanto você admira a alvorada ou ocaso sem nem perceber que nós também somos alvorada e ocaso nesse mundo.

Acabei de perceber que não escrevi o que queria. Aproveitei mais uma chance de não fazer o que devia. Mas, também, qual o problema? Acho que nascemos mesmo para chorar e sorrir e chorar e sorrir tudo de novo. Talvez. Não sei. Não quero saber.

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