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07 de julho de 2024

Gleisi diz que Campos Neto gerou ataque especulativo ao real e que BC está de braços cruzados


Por Agência Estado Publicado 02/07/2024 às 13h56
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira, 2, que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, desencadeou um suposto ataque especulativo ao real e disse que a autoridade monetária “segue de braços cruzados”, sem fazer operações no mercado de câmbio para conter a desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar.

“Mais um dia de ataque especulativo ao Real e o BC segue de braços cruzados, sem fazer as operações de compra e swap necessárias nesse momento. Irresponsáveis! Aliás, o bolsonarista Campos Neto deve estar é aplaudindo o ataque que ele mesmo desencadeou, falando o que não podia sobre questões fiscais”, escreveu a dirigente partidária, em seu perfil no X (antigo Twitter).

Gleisi criticou a imprensa por atribuir a alta do dólar a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Palácio do Planalto também citou nesta terça-feira um suposto ataque especulativo contra o Real. Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), Lula afirmou que fará uma reunião em Brasília nesta quarta-feira, 3, para tratar do assunto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, garantiu que não há nada que o governo planeje fazer para conter a alta do dólar a não ser “acertar a comunicação” sobre a autonomia do BC e a “rigidez” do arcabouço fiscal.

Na manhã desta terça-feira, o dólar à vista se aproximou de R$ 5,70, após as falas de Lula, que também voltou a criticar Campos Neto e o nível da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 10,5% ao ano. Já o presidente do BC disse que a interrupção do ciclo de corte nos juros ocorreu por causa de “ruídos” que aumentam as expectativas de inflação. Ele citou as incertezas relacionadas à sucessão no BC e também o risco fiscal no País.

Nesta segunda-feira, 1º, o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,65, maior valor desde 10 de janeiro de 2022. A desvalorização do real ocorre em um ambiente externo desfavorável, com expectativa de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos e incertezas sobre a corrida eleitoral americana.

Além disso, analistas do mercado financeiro apontam uma crise de confiança no governo Lula. Há ceticismo sobre o cumprimento do novo arcabouço fiscal, com a resistência do presidente em cortar gastos e o esgotamento das medidas de aumento de arrecadação.

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