Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

14 de maio de 2024

Nem toda a farda cheira a golpe


Por Gilson Aguiar Publicado 25/10/2018 às 11h40 Atualizado 18/02/2023 às 17h42
 Tempo de leitura estimado: 00:00
https://www.facebook.com/radiocbnmaringa/videos/2029137267308656/

Se por um lado temos um ambiente que associa as forças armadas ao radicalismo, o uso da violência, ou ao golpe, temos também a necessidade do uso da repressão pelo Estado. Mas a educação militar pode levar ao radicalismo, ao extremismo, ao golpismo? Todo o ser humano fardado é um apaixonado pela violência?

Não podemos generalizar. Temos que observar a história do país em relação ao papel das Forças Armadas. Entender o caminho traçado pela república e o contexto que estamos vivendo.
Dentro das academias militares há uma diferença de postura em relação ao papel que as Forças Armadas exercem no país. Se existe aqueles que alimentam o golpismo, se consideram os “salvadores da pátria”, há aqueles que desejam manter a ordem constitucional e não veem a república como um ambiente da governabilidade de um homem fardado. Por sinal, é nos regimes comunistas que o chefe da nação usa farda e gosta de ser chamado de “supremo comandante”.

Contudo, a história brasileira, como a latino-americana, tem nas Forçar Armadas uma instituição intervencionista. Associada aos mais diversos contextos, os militares já foram peça chave na conquista do poder. Na instalação do regime republicano no Brasil (1889), os militares tiveram um papel decisivo. O golpe, chamado de proclamação, depôs o imperador e fez nascer a república em um país onde povo assistiu bestializado, sem qualquer participação, a implantação do novo regime.

Getúlio Vargas, em outro golpe, que se ironizou chamar de “Revolução de 30”, assumiu o poder também sustentado por parcela das Forças Armadas. O caudilho gaúcho foi derrubado também por um general, por sinal seu ex-ministro, Eurico Gaspar Dutra, em 1945. O regime estabelecido por Dutra, republicano e democrático, encerrou sua existência com outro golpe militar, em 1964. Este, acabou há pouco mais de 30 anos, em 1985. É a farda tem sua história de golpes e contragolpes, neste caso, Teixeira Lott e a resistência ao golpe em novembro de 1955.

Mas acredito que a república agora é mais sólida. Ao longo de toda a história, repito, nem todos os militares eram golpistas. Nem a ação das Forças Armadas foi isolada. Ela teve seus aliados. Por isso, temos que respeitar a farda. Porém, temos que entender o papel que cada um exerce na democracia. O respeito a Constituição é fundamental. Só a liberdade garantida é que nos permitirá ter o ambiente necessário para a governabilidade sem a necessidade de salvadores fardados.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Barroso: Fiz recomendação no CNJ para que multas pecuniárias fossem para a Defesa Civil do RS


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, afirmou há pouco que o Judiciário conseguiu fazer chegar ao…


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, afirmou há pouco que o Judiciário conseguiu fazer chegar ao…

Geral

Lula sobre enchentes no RS: Parece que as pessoas não cuidaram das comportas


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 13, que a enchente no Rio Grande do Sul não…


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 13, que a enchente no Rio Grande do Sul não…

Geral

Ônibus aquático de SP começa a operar parcialmente na Billings sem cobrar tarifa


A Prefeitura de São Paulo inaugurou, nesta segunda-feira, 13, o Aquático SP, transporte hidroviário que liga o Terminal Parque Mar…


A Prefeitura de São Paulo inaugurou, nesta segunda-feira, 13, o Aquático SP, transporte hidroviário que liga o Terminal Parque Mar…