Consulta pública sobre colégios cívico-militares é prorrogada

A proposta do Governo do Paraná é implantar 216 escolas no modelo cívico-militar no estado. As instituições que foram selecionadas para a implantação do novo modelo estão consultando pais, professores e funcionários. O plebiscito que terminaria nessa quarta-feira, 28, foi prorrogado até essa sexta-feira, 30.

Hoje, o Paraná tem 2.143 escolas na rede estadual de ensino, e apenas cinco colégios militares.

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Em entrevista ao CBN Maringá 2ª Edição desta quarta-feira, 28, o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, disse que existe uma grande demanda por mais colégios militares ou com a gestão compartilhada, como é o caso dos colégios cívico-militares.

O secretário afirmou que a escola que decidir não adotar o novo modelo, segue no atual. E a opção de colégio cívico-militar será transferida para outra escola.

“Nós selecionamos escolas onde haverá opção para aquela família que não quer o modelo cívico-militar, para [o aluno] ir para uma escola próxima que não será cívico-militar. Uma cidade, por exemplo, que só tem uma escola não foi contemplada com o modelo justamente por perder o caráter democrático”, detalha o secretário.

Segundo a Secretaria de Educação do Paraná (Seed), mais de 48 mil pessoas votaram até a noite dessa quarta-feira, 28. Das 216 escolas selecionadas, 52 alcançaram quórum mínimo e a maioria foi a favor da mudança.

Durante esta quinta, 29, e sexta-feira, 30, as escolas continuarão com o processo de consulta pública. A comunidade escolar precisa ir presencialmente às instituições, entre às 8h e 20h. O resultado final será divulgado nessa sexta-feira.

Novo modelo

O modelo de escolas cívico-militares vai proporcionar mais aulas aos estudantes, aprimorando a qualidade do ensino. “Teremos aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, para estudar leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. Os alunos vão estudar mais”, explica Feder. No Ensino Médio, haverá, ainda, a adição da disciplina de Educação Financeira.

Além de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino, que será aplicada em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, é a gestão compartilhada entre civis e militares.

O diretor-geral e o diretor auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares.

Haverá, também, de dois a quatro monitores militares do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV), conforme o tamanho da escola.

Votação

Para votar é preciso apresentar um documento pessoal com foto, e a recomendação é que se leve a própria caneta. Os pais podem votar de acordo com o número de filhos matriculados no colégio. Se tem dois filhos, são dois votos, por exemplo.

“Uma vez que [os pais] foram consultados e houve opção pela mudança, a gente vai começar a seleção dos profissionais que vão trabalhar naquela escola e fazer as adequações, se precisar de reformas ou melhorias, para que a escola se torne cívico-militar. As aulas começam no ano que vem, no novo modelo.

E a Seed alerta para um falso link que daria acesso à consulta pública. A votação é apenas presencial.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.